23.10.2017
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segunda-feira, 23 de outubro de 2017
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Quanto de veneno você come por dia?
16 de abril de 2014
Por Cândido Grzybowski
Sociólogo, diretor do Ibase
O anúncio sobre a alta da inflação em março veio com a informação de que os preços dos alimentos novamente pesaram mais. Quem vai ao mercado atrás de alimentos sabe disto muito bem. Na verdade, se a gente considerasse a inflação específica dos preços dos alimentos ela seria muito maior que o tal índice médio.
Sem dúvida a inflação de alimentos é um pesadelo muito grande para todo mundo, mas especialmente para quem tem o salário mínimo como referência de sua renda doméstica. Um real a mais aqui, um e setenta centavos acolá, dois e trinta ali, e assim vai. Tudo isto vira uma conta que dá como resultado real a redução da quantidade e da qualidade de alimentos na sacola de compras.
Mas a fome em casa não é gerida pelo tal mercado. As necessidades e desejos de comer se inscrevem na própria qualidade de vida que a gente leva. O alimento é central, pois sem ele nem há vida. Mas não é só isto. Alimentar-se tem tanto uma incontornável determinação fisiológica natural – a necessidade de consumo diário de calorias, proteínas e tudo mais – como uma profunda dimensão cultural e civilizatória. Alimento é convivência em família, é celebração e festa, é identidade cultural.
Pensemos na feijoada aqui no Rio, no vatapá na Bahia, no pato ao tucupi no Pará, na polenta com frango dos italianos no Sul, no churrasco gaúcho – meio hegemônico na questão de carnes entre nós. São alguns dos exemplos mais claros de comidas associadas a verdadeiras culturas e identidades que resultam na vibrante diversidade de nosso povo.
O direito ao alimento envolve tudo isto e é parte dos direitos fundamentais de nossa Constituição Cidadã. Soberania e Segurança Alimentar são bandeiras cidadãs no Brasil e mundo afora que clamam por políticas públicas para assegurar o direito de todas e todos ao alimento adequado à vida e à própria cultura.
Só que o mercado não se organiza em torno dos direitos e nem se limita pelos direitos. O mercado e os preços são uma grande invenção humana para realizar as trocas de produtos e serviços. Afinal, na medida em que as sociedades se complexificam e aumenta-se a divisão do trabalho, não há como funcionar sem troca.
A moeda, como expressão e medida do valor, e as trocas são indispensáveis. Nunca é demais lembrar que foi nas praças públicas que surgiram os mercados, e ali também surgiu a própria democracia. O problema é que os mercados se autonomizaram da democracia, se tornaram livres e… escravizaram as pessoas e a própria democracia. Até a fome está subjugada pelo mercado. Isso é aceitável?
Pelos preceitos dos oráculos da economia, para enfrentar a alta de preços de alimentos o jeito é ajustar a fome aos preços e ao mercado. Buscar alimentos mais baratos, substituir alimentos, se necessário for, reduzir o consumo. Enfim, segundo a economia, não dá para controlar o mercado. É mesmo? E como ficam os direitos fundamentais de cidadania? Eles também dependem do mercado? Não é mercado demais e democracia de menos?
O problema é que o direito cidadão à Soberania e à Segurança Alimentar não se limita aos preços. Os preços no mercado não mostram as outras qualidades fundamentais que o produto (o alimento, no caso) carrega e não são evidentes. Alguém sabe que quantidade de agrotóxico – veneno que pode fazer mal e matar – está num simples pé de alface? No feijão? No tomate e no pimentão? No arroz de cada dia? Naquele franguinho gostoso? Na margarina e no óleo de soja?
O agronegócio, o modelo empresarial de produção de nossos alimentos, de quase todos eles, tem o uso intensivo de agrotóxicos com uma condição. Somos o país de maior consumo de agrotóxicos por hectare do mundo. Sem falar que alguns agrotóxicos usados aqui já são proibidos há muito tempo em lugares onde se leva a sério a questão de saúde associada ao alimento. Não procure nos rótulos das embalagens algum indício do veneno usado, pois não existe!
Além dos venenos, escondidos naquela beleza de folhas, grãos e carnes, temos ainda a questão dos alimentos transgênicos. Hoje os transgênicos já ocupam um lugar de destaque na composição de nosso prato, em casa e no restaurante. Você sabia?
Comecemos por reconhecer que, no mínimo, existem controvérsias científicas já provadas de que os transgênicos não são um alimento seguro. Um cientista francês, contestado pelas grandes multinacionais dos grãos, provou por “A mais B” que ratos comendo milho transgênico durante mais tempo do que os tais quatro meses de teste estipulados por órgãos reguladores, morrem de câncer simplesmente todos, enquanto os alimentados de outra forma continuam vivos. E aí?
Não somos ratos, evidentemente! Vamos ter que testar em humanos o risco e só então exigir mais precaução na liberação de produtos transgênicos? O princípio da precaução faz partes dos acordos da Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU de 1992, realizada no Rio, a Eco-92. Bem, acordos sim, mas negócios e livre mercado à parte.

No Brasil adotamos quase por completo a liberação dos transgênicos. O caso mais complicado é de milho e soja, de que somos grandes produtores e exportadores, e que são essenciais na teia alimentar de hoje em dia, no nosso prato. No Brasil se adota parcialmente o T, de transgênico, em alguns produtos. Escrito em letra bem pequenina no rótulo, mas está lá. Quem vê? Bem, está na maior parte das embalagens de óleo de soja e de milho.
Os que tem T são mais baratos – olha aí o tal mercado. Mas margarina é feita de soja, exatamente pelas mesmas grandes corporações de agronegócio do óleo de soja. Alguém viu o T no rótulo das margarinas? Mas o problema não acaba aí. Frango come ração com soja e milho, muito provavelmente transgênicos. A vaca, do leite, manteiga e queijo, também come ração.
O porco, hoje tão baratinho, é um transgênico completo pelo que come. Seus derivados deliciosos como a linguiça, o bacon, o salame e aqueles maravilhosos complementos da feijoada, todos têm alta dose de transgênicos. Onde está o tal T pequeninoo, difícil de ver? Pela via do mercado, não temos escolha: comemos transgênicos! Será que segurança alimentar é comer uma bomba assim?
Tem outro problema ligado a esse mercado de alimentos: a procedência. Pode ser, e muitas vezes é, que o preço de certas frutas importadas da Argentina ou do Chile sejam mais baratas que as nossas. Falo de uvas e maçãs, por exemplo. O Brasil é talvez o maior pomar do mundo, pela quantidade e pela diversidade tanto de frutas nativas como das chamadas exóticas.
Pois bem, o Brasil é o maior produtor e exportador de laranja e cítricos em geral. Precisa importar laranja e tangerina do exterior? Tornamo-nos um dos grandes produtores de maçã – um fruta essencial, segundo médicos e nutricionistas. Por que importar maçãs da Argentina? Somos um dos maiores produtores de uva de mesa, infelizmente não adequada para vinhos. Será que precisamos de uvas de mesa do Chile?
Ainda não é uma prática recorrente a indicação de procedência dos alimentos oferecidos nos mercados. Aliás, é coisa rara. Aqui estamos diante de uma grande questão de sustentabilidade associada ao alimento. As culturas alimentares se desenvolveram graças à biodiversidade e aos próprios sistemas ecológicos do Planeta Terra.
Como humanos, soubemos tirar partido do que a natureza nos propiciava. A migração de plantas, como dos próprios seres humanos, é um direito. Ao menos eu reconheço e pratico na minha pequena chácara, dada a minha origem e tradição de camponês.
Hoje temos uma riqueza de plantas e animais, base de alimentos, muito diversificada e espalhada pelo mundo, graças inclusive ao próprio engenho humano, que ajudou a descobrir ambientes e adaptar vidas de plantas e animais a eles. Mas uma coisa é produzir no Brasil o abacate, originário do México, que se dá muito bem aqui, e outra é importar.
Isto vale para muitos alimentos. Um princípio básico da sustentabilidade hoje são os circuitos curtos: produzir aqui para consumir aqui. Claro que isto não resolve todas as necessidades e desejos alimentares. Mas o essencial pode e deve ser resolvido por nós aqui, sim!
Que sentido tem exportar maçãs e importar maçãs? Onde está a lógica de exportar uvas do vale do São Francisco e importar uvas do Chile? Por que importar alhos e cebolas se podemos produzir tais hortaliças por aqui, até melhores? Como cidadão consumidor e preocupado com a sustentabilidade da vida – que nada tem a ver com negócios “sustentáveis” que alimentam as trocas internacionais – reivindico o direito de ser informado sobre a origem do alimento que estou comprando.
Enfim, como dá para ver, tratar de alimento é lidar com algo que condensa contradições de um direito humano básico. As questões são muitas. O preço dos alimentos é, na verdade, muito mais do que preço. Nele está encoberta toda uma história de soberania e segurança alimentar, essencial para pensarmos a sustentabilidade da vida e do planeta. Democracia para valer deve tratar disto com o cuidado e a radicalidade que merece.
Por Cândido Grzybowski
Sociólogo, diretor do Ibase
O anúncio sobre a alta da inflação em março veio com a informação de que os preços dos alimentos novamente pesaram mais. Quem vai ao mercado atrás de alimentos sabe disto muito bem. Na verdade, se a gente considerasse a inflação específica dos preços dos alimentos ela seria muito maior que o tal índice médio.
Sem dúvida a inflação de alimentos é um pesadelo muito grande para todo mundo, mas especialmente para quem tem o salário mínimo como referência de sua renda doméstica. Um real a mais aqui, um e setenta centavos acolá, dois e trinta ali, e assim vai. Tudo isto vira uma conta que dá como resultado real a redução da quantidade e da qualidade de alimentos na sacola de compras.
Mas a fome em casa não é gerida pelo tal mercado. As necessidades e desejos de comer se inscrevem na própria qualidade de vida que a gente leva. O alimento é central, pois sem ele nem há vida. Mas não é só isto. Alimentar-se tem tanto uma incontornável determinação fisiológica natural – a necessidade de consumo diário de calorias, proteínas e tudo mais – como uma profunda dimensão cultural e civilizatória. Alimento é convivência em família, é celebração e festa, é identidade cultural.
Pensemos na feijoada aqui no Rio, no vatapá na Bahia, no pato ao tucupi no Pará, na polenta com frango dos italianos no Sul, no churrasco gaúcho – meio hegemônico na questão de carnes entre nós. São alguns dos exemplos mais claros de comidas associadas a verdadeiras culturas e identidades que resultam na vibrante diversidade de nosso povo.
O direito ao alimento envolve tudo isto e é parte dos direitos fundamentais de nossa Constituição Cidadã. Soberania e Segurança Alimentar são bandeiras cidadãs no Brasil e mundo afora que clamam por políticas públicas para assegurar o direito de todas e todos ao alimento adequado à vida e à própria cultura.
Só que o mercado não se organiza em torno dos direitos e nem se limita pelos direitos. O mercado e os preços são uma grande invenção humana para realizar as trocas de produtos e serviços. Afinal, na medida em que as sociedades se complexificam e aumenta-se a divisão do trabalho, não há como funcionar sem troca.
A moeda, como expressão e medida do valor, e as trocas são indispensáveis. Nunca é demais lembrar que foi nas praças públicas que surgiram os mercados, e ali também surgiu a própria democracia. O problema é que os mercados se autonomizaram da democracia, se tornaram livres e… escravizaram as pessoas e a própria democracia. Até a fome está subjugada pelo mercado. Isso é aceitável?
Pelos preceitos dos oráculos da economia, para enfrentar a alta de preços de alimentos o jeito é ajustar a fome aos preços e ao mercado. Buscar alimentos mais baratos, substituir alimentos, se necessário for, reduzir o consumo. Enfim, segundo a economia, não dá para controlar o mercado. É mesmo? E como ficam os direitos fundamentais de cidadania? Eles também dependem do mercado? Não é mercado demais e democracia de menos?
O problema é que o direito cidadão à Soberania e à Segurança Alimentar não se limita aos preços. Os preços no mercado não mostram as outras qualidades fundamentais que o produto (o alimento, no caso) carrega e não são evidentes. Alguém sabe que quantidade de agrotóxico – veneno que pode fazer mal e matar – está num simples pé de alface? No feijão? No tomate e no pimentão? No arroz de cada dia? Naquele franguinho gostoso? Na margarina e no óleo de soja?
O agronegócio, o modelo empresarial de produção de nossos alimentos, de quase todos eles, tem o uso intensivo de agrotóxicos com uma condição. Somos o país de maior consumo de agrotóxicos por hectare do mundo. Sem falar que alguns agrotóxicos usados aqui já são proibidos há muito tempo em lugares onde se leva a sério a questão de saúde associada ao alimento. Não procure nos rótulos das embalagens algum indício do veneno usado, pois não existe!
Além dos venenos, escondidos naquela beleza de folhas, grãos e carnes, temos ainda a questão dos alimentos transgênicos. Hoje os transgênicos já ocupam um lugar de destaque na composição de nosso prato, em casa e no restaurante. Você sabia?
Comecemos por reconhecer que, no mínimo, existem controvérsias científicas já provadas de que os transgênicos não são um alimento seguro. Um cientista francês, contestado pelas grandes multinacionais dos grãos, provou por “A mais B” que ratos comendo milho transgênico durante mais tempo do que os tais quatro meses de teste estipulados por órgãos reguladores, morrem de câncer simplesmente todos, enquanto os alimentados de outra forma continuam vivos. E aí?
Não somos ratos, evidentemente! Vamos ter que testar em humanos o risco e só então exigir mais precaução na liberação de produtos transgênicos? O princípio da precaução faz partes dos acordos da Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU de 1992, realizada no Rio, a Eco-92. Bem, acordos sim, mas negócios e livre mercado à parte.

No Brasil adotamos quase por completo a liberação dos transgênicos. O caso mais complicado é de milho e soja, de que somos grandes produtores e exportadores, e que são essenciais na teia alimentar de hoje em dia, no nosso prato. No Brasil se adota parcialmente o T, de transgênico, em alguns produtos. Escrito em letra bem pequenina no rótulo, mas está lá. Quem vê? Bem, está na maior parte das embalagens de óleo de soja e de milho.
Os que tem T são mais baratos – olha aí o tal mercado. Mas margarina é feita de soja, exatamente pelas mesmas grandes corporações de agronegócio do óleo de soja. Alguém viu o T no rótulo das margarinas? Mas o problema não acaba aí. Frango come ração com soja e milho, muito provavelmente transgênicos. A vaca, do leite, manteiga e queijo, também come ração.
O porco, hoje tão baratinho, é um transgênico completo pelo que come. Seus derivados deliciosos como a linguiça, o bacon, o salame e aqueles maravilhosos complementos da feijoada, todos têm alta dose de transgênicos. Onde está o tal T pequeninoo, difícil de ver? Pela via do mercado, não temos escolha: comemos transgênicos! Será que segurança alimentar é comer uma bomba assim?
Tem outro problema ligado a esse mercado de alimentos: a procedência. Pode ser, e muitas vezes é, que o preço de certas frutas importadas da Argentina ou do Chile sejam mais baratas que as nossas. Falo de uvas e maçãs, por exemplo. O Brasil é talvez o maior pomar do mundo, pela quantidade e pela diversidade tanto de frutas nativas como das chamadas exóticas.
Pois bem, o Brasil é o maior produtor e exportador de laranja e cítricos em geral. Precisa importar laranja e tangerina do exterior? Tornamo-nos um dos grandes produtores de maçã – um fruta essencial, segundo médicos e nutricionistas. Por que importar maçãs da Argentina? Somos um dos maiores produtores de uva de mesa, infelizmente não adequada para vinhos. Será que precisamos de uvas de mesa do Chile?
Ainda não é uma prática recorrente a indicação de procedência dos alimentos oferecidos nos mercados. Aliás, é coisa rara. Aqui estamos diante de uma grande questão de sustentabilidade associada ao alimento. As culturas alimentares se desenvolveram graças à biodiversidade e aos próprios sistemas ecológicos do Planeta Terra.
Como humanos, soubemos tirar partido do que a natureza nos propiciava. A migração de plantas, como dos próprios seres humanos, é um direito. Ao menos eu reconheço e pratico na minha pequena chácara, dada a minha origem e tradição de camponês.
Hoje temos uma riqueza de plantas e animais, base de alimentos, muito diversificada e espalhada pelo mundo, graças inclusive ao próprio engenho humano, que ajudou a descobrir ambientes e adaptar vidas de plantas e animais a eles. Mas uma coisa é produzir no Brasil o abacate, originário do México, que se dá muito bem aqui, e outra é importar.
Isto vale para muitos alimentos. Um princípio básico da sustentabilidade hoje são os circuitos curtos: produzir aqui para consumir aqui. Claro que isto não resolve todas as necessidades e desejos alimentares. Mas o essencial pode e deve ser resolvido por nós aqui, sim!
Que sentido tem exportar maçãs e importar maçãs? Onde está a lógica de exportar uvas do vale do São Francisco e importar uvas do Chile? Por que importar alhos e cebolas se podemos produzir tais hortaliças por aqui, até melhores? Como cidadão consumidor e preocupado com a sustentabilidade da vida – que nada tem a ver com negócios “sustentáveis” que alimentam as trocas internacionais – reivindico o direito de ser informado sobre a origem do alimento que estou comprando.
Enfim, como dá para ver, tratar de alimento é lidar com algo que condensa contradições de um direito humano básico. As questões são muitas. O preço dos alimentos é, na verdade, muito mais do que preço. Nele está encoberta toda uma história de soberania e segurança alimentar, essencial para pensarmos a sustentabilidade da vida e do planeta. Democracia para valer deve tratar disto com o cuidado e a radicalidade que merece.
Fonte: MST:
Blog do Pedro Aparecido :
sábado, 8 de março de 2014
Para onde vai o MST?
O MST nasceu em 1984 no sul do Brasil e, em Mato Grosso no ano de 1985 em Pedra Preta. Neste ano (1985) eu entrei no PT. Nesta época eu morava ali pertinho, em Guiratinga. Logo depois veio o primeiro assentamento em 1986.
É o maior Movimento da América Latina.
Mas veja bem. Em todas as eleições, desde 2002, a direção do MST tem dado apoio ao governo capitalista do PT que apóia o agro latifúndio e os banqueiros.
E em troca, segundo números do próprio MST, Lula e Dilma fizeram menos reforma agrária que o FHC.
O ídolo de Lula, segundo ele, são os usineiros.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
O PT e o fim da história
Francis Fukuyama revigorou a ideia de Hegel ao imaginar o fim da história, colocando, a partir da queda do muro de Berlim em 1989, a democracia ocidental burguesa representada pelo capitalismo como vitoriosa sobre o socialismo, elevando a humanidade a um patamar de estabilidade jamais visto na história.
Ideólogo do capitalismo na versão neoliberal da era Margaret Thatcher e Ronald Reagan, em menos de uma década, Fukuyama revelou-se um impostor. Nas diversas revoluções no planeta e a insistência da existência de países socialistas, e depois com o retorno dos estudos como nunca de obras marxistas e o terremoto financeiro de 2008 que até agora sacoleja a Europa e os Estados Unidos com sua crise que perdura até hoje, provaram que Fukuyama era uma fraude. E que fraude!
Ideólogo do capitalismo na versão neoliberal da era Margaret Thatcher e Ronald Reagan, em menos de uma década, Fukuyama revelou-se um impostor. Nas diversas revoluções no planeta e a insistência da existência de países socialistas, e depois com o retorno dos estudos como nunca de obras marxistas e o terremoto financeiro de 2008 que até agora sacoleja a Europa e os Estados Unidos com sua crise que perdura até hoje, provaram que Fukuyama era uma fraude. E que fraude!
sábado, 11 de agosto de 2012
FOTOS DO ORKUT - TEMPOS DE LUTA!
342 FOTOS:
Caminhada do MST (90 quilômetros)
CLTP
e outros:
http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?uid=12256964428393115769
Caminhada do MST (90 quilômetros)
CLTP
e outros:
http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?uid=12256964428393115769
domingo, 19 de abril de 2009
Palestra de Pedro Aparecido de Souza para os Acampados do MST: A Crise na Esquerda
Palestra de Pedro Aparecido de Souza para os Acampados do MST
Data: 19 de abril de 2009
A Crise na Esquerda
CUMPRIMENTOS
1. Boa tarde às Trabalhadoras e Trabalhadores da classe produtiva, da classe produtora e que constrói cada centavo da riqueza.
2. Uma boa tarde à Classe Trabalhadora.
ENTRADA – DIA DO ÍNDIO
1. Este mês de abril é um mês especial. Um mês que lembra que os Sem Terra perderam suas terras, foram assassinados e até exterminados.
2. Não estou me referindo aos Trabalhadores Sem Terra, nem ao Abril Vermelho, nem ao Massacre do Eldorado de Carajás, onde foram mortos 19 Trabalhadores Sem Terra, no dia 17 de abril de 1996, há treze anos atrás.
3. Estou referindo aos Índios, que foram os primeiros Sem Terras no Brasil. Nesse chão de MT,onde estamos pisando já foram terra dos Índios Paiaguás, Coxiponés, e outros que foram assassinados, eliminados e exterminados, num grande genocídio.
CRISE NA ESQUERDA – O QUE É ESQUERDA
1. Esquerda eram aqueles que se sentavam à esquerda da nobreza, na França, em 1789. Eram os revolucionários.
2. Bobbio fala que esquerda é lutar pela igualdade.
3. Partidos considerados de esquerda: PC do B, PCB, PDT, PSB, PSOL, PT, PSTU e PCO.
4. Considerados de extrema esquerda: PSTU, PCO e PCB
5. O que sobrou.
6. Os democratas nos Estados Unidos
7. Esquerda são aqueles que defendem o Socialismo, na teoria e na prática.
8. O que a crise na esquerda afeta a Luta da Classe Trabalhadora.
9. A esquerda tem ascenso nas crises. Portanto, é principalmente nas crises que a esquerda avança.
10. Crise do capitalismo – Nazismo capitalista (inclusive nos Estados Unidos)
11. Enfrentar a crise e que o Socialismo seja o nosso objetivo de Luta, mas, na fase intermediária, e imediata são os problemas enfrentados pelos Trabalhadores: desemprego, miséria, fome, falta de terra. E para temos propostas tiradas, inclusive da Assembléia Popular: estatização do sistema financeiro, estabilidade no emprego, manutenção dos direitos trabalhistas, reforma agrária, diminuição da carga horária, que os ricos paguem pela crise, nenhum dinheiro para os ricos, fim do superávit primário.
12. Vai aumentar a criminalização dos movimentos sociais, e especialmente para o MST
13. Esquerda no Brasil
14. Luiz Carlos Prestes
15. 1963 (Jango) – reformas de base
16. Período do golpe militar capitalista de 1964 - AI-5
17. MDB
18. PT origem – fundado em 1980
19. CUT origem – 1983
20. MST – 1984
21. Rumo ao capitalismo – anos 90
22. Saída da Convergência Socialista – CS em 1992
23. Criação do PSTU em 1994
24. Criação do PCO em 1996
25. Lula, PT e aliados – chegada ao poder – 2002 – CUT, UNE – Movimentos Sociais-MST (não entrou no Governo, manteve a crítica, mas não também não avançou na cobrança sistemática)- anestesia, cooptação, SINDICALISTAS.
26. Correntes dentro PT que se dizem socialistas.
GOVERNO LULA
1. Heróis são os usineiros. O PSDB emprestou o Presidente do Banco Central que veio de Banco de Boston (com autorização dos Estados Unidos). O conselheiro mais próximo de Lula é Delfin Neto. O Secretário da Agricultura foi o dono da Sadia. O atual Ministro da Agricultura era da Arena, da ditadura. Os amigos são Sarney, ACM, Quércia e agora o próprio Collor. Privatizou as rodovias. Implantou a retirada de direitos previdenciários que o FHC não conseguiu.
2. É o país mais confiável para o Capitalismo. Não retornou um direito sequer para os Trabalhadores daqueles que foram tirados. É amigo companheiro de Bush.
3. É o único país do planeta que os bancos privados não quebraram na crise do capitalismo.
4. Em Mato Grosso, os amigos são o Blairo Maggi, Riva, Homero.
5. A posição de esquerda dentro do Governo. Não há um governo em disputa. Há uma disputa para ver quem se aproveita mais do Estado, quem rouba mais, quem saqueia mais.
6. Ossos para os pobres.
7. Segundo mandato de Lula
MOVIMENTOS no início do século XXI
1. Fundação da CONLUTAS 2006
2. 2008 – crise do capitalismo
3. Fórum Social Mundial
4. 2009 – obama. Um negro na casa branca
5. 2010 – eleições no Brasil
6. Chavez, Evo, Correa, Lugo.
FUTURO DA ESQUERDA
Futuro da esquerda no Brasil, na América Latina e no Mundo.
1. Dificuldade de trabalho na base, dificuldade de arregimentação no MST, dificuldade de manter o assentado na discussão política.
2. Vejo um futuro brilhante lá na frente. Uma nova sociedade, sem patrões, sem desemprego, com solidariedade e humanidade. Coisa que o Capitalismo jamais vai dar.
3. Neste momento de cada sete pessoas, uma está passando fome no mundo. Pode demorar séculos, mas o sistema capitalismo um dia será enterrado.
4. A esquerda vencerá.
Data: 19 de abril de 2009
A Crise na Esquerda
CUMPRIMENTOS
1. Boa tarde às Trabalhadoras e Trabalhadores da classe produtiva, da classe produtora e que constrói cada centavo da riqueza.
2. Uma boa tarde à Classe Trabalhadora.
ENTRADA – DIA DO ÍNDIO
1. Este mês de abril é um mês especial. Um mês que lembra que os Sem Terra perderam suas terras, foram assassinados e até exterminados.
2. Não estou me referindo aos Trabalhadores Sem Terra, nem ao Abril Vermelho, nem ao Massacre do Eldorado de Carajás, onde foram mortos 19 Trabalhadores Sem Terra, no dia 17 de abril de 1996, há treze anos atrás.
3. Estou referindo aos Índios, que foram os primeiros Sem Terras no Brasil. Nesse chão de MT,onde estamos pisando já foram terra dos Índios Paiaguás, Coxiponés, e outros que foram assassinados, eliminados e exterminados, num grande genocídio.
CRISE NA ESQUERDA – O QUE É ESQUERDA
1. Esquerda eram aqueles que se sentavam à esquerda da nobreza, na França, em 1789. Eram os revolucionários.
2. Bobbio fala que esquerda é lutar pela igualdade.
3. Partidos considerados de esquerda: PC do B, PCB, PDT, PSB, PSOL, PT, PSTU e PCO.
4. Considerados de extrema esquerda: PSTU, PCO e PCB
5. O que sobrou.
6. Os democratas nos Estados Unidos
7. Esquerda são aqueles que defendem o Socialismo, na teoria e na prática.
8. O que a crise na esquerda afeta a Luta da Classe Trabalhadora.
9. A esquerda tem ascenso nas crises. Portanto, é principalmente nas crises que a esquerda avança.
10. Crise do capitalismo – Nazismo capitalista (inclusive nos Estados Unidos)
11. Enfrentar a crise e que o Socialismo seja o nosso objetivo de Luta, mas, na fase intermediária, e imediata são os problemas enfrentados pelos Trabalhadores: desemprego, miséria, fome, falta de terra. E para temos propostas tiradas, inclusive da Assembléia Popular: estatização do sistema financeiro, estabilidade no emprego, manutenção dos direitos trabalhistas, reforma agrária, diminuição da carga horária, que os ricos paguem pela crise, nenhum dinheiro para os ricos, fim do superávit primário.
12. Vai aumentar a criminalização dos movimentos sociais, e especialmente para o MST
13. Esquerda no Brasil
14. Luiz Carlos Prestes
15. 1963 (Jango) – reformas de base
16. Período do golpe militar capitalista de 1964 - AI-5
17. MDB
18. PT origem – fundado em 1980
19. CUT origem – 1983
20. MST – 1984
21. Rumo ao capitalismo – anos 90
22. Saída da Convergência Socialista – CS em 1992
23. Criação do PSTU em 1994
24. Criação do PCO em 1996
25. Lula, PT e aliados – chegada ao poder – 2002 – CUT, UNE – Movimentos Sociais-MST (não entrou no Governo, manteve a crítica, mas não também não avançou na cobrança sistemática)- anestesia, cooptação, SINDICALISTAS.
26. Correntes dentro PT que se dizem socialistas.
GOVERNO LULA
1. Heróis são os usineiros. O PSDB emprestou o Presidente do Banco Central que veio de Banco de Boston (com autorização dos Estados Unidos). O conselheiro mais próximo de Lula é Delfin Neto. O Secretário da Agricultura foi o dono da Sadia. O atual Ministro da Agricultura era da Arena, da ditadura. Os amigos são Sarney, ACM, Quércia e agora o próprio Collor. Privatizou as rodovias. Implantou a retirada de direitos previdenciários que o FHC não conseguiu.
2. É o país mais confiável para o Capitalismo. Não retornou um direito sequer para os Trabalhadores daqueles que foram tirados. É amigo companheiro de Bush.
3. É o único país do planeta que os bancos privados não quebraram na crise do capitalismo.
4. Em Mato Grosso, os amigos são o Blairo Maggi, Riva, Homero.
5. A posição de esquerda dentro do Governo. Não há um governo em disputa. Há uma disputa para ver quem se aproveita mais do Estado, quem rouba mais, quem saqueia mais.
6. Ossos para os pobres.
7. Segundo mandato de Lula
MOVIMENTOS no início do século XXI
1. Fundação da CONLUTAS 2006
2. 2008 – crise do capitalismo
3. Fórum Social Mundial
4. 2009 – obama. Um negro na casa branca
5. 2010 – eleições no Brasil
6. Chavez, Evo, Correa, Lugo.
FUTURO DA ESQUERDA
Futuro da esquerda no Brasil, na América Latina e no Mundo.
1. Dificuldade de trabalho na base, dificuldade de arregimentação no MST, dificuldade de manter o assentado na discussão política.
2. Vejo um futuro brilhante lá na frente. Uma nova sociedade, sem patrões, sem desemprego, com solidariedade e humanidade. Coisa que o Capitalismo jamais vai dar.
3. Neste momento de cada sete pessoas, uma está passando fome no mundo. Pode demorar séculos, mas o sistema capitalismo um dia será enterrado.
4. A esquerda vencerá.
sábado, 27 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
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