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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Hoje é um dia de festa e de tristeza para as Trabalhadoras e Trabalhadores no judiciário federal.



* Pedro Aparecido de Souza

Hoje será a sanção da recomposição parcial da inflação de 28% na folha, do pagamento à vista de 25% para os CJs, do sepultamento para sempre dos 13,23% (com veto ou não do art. 6°) e do parcelamento até 2019.

De janeiro de 2007 até julho de 2016, segundo o índice oficial de inflação medido pelo INPC, a inflação acumulada foi de 83,35%.

Neste período, tivemos a recomposição da inflação em 15,8 % na folha.

A recomposição das parcelas de 2007 e 2008 foram recomposição de inflação anterior a 2007.

Portanto, 83,35% menos 15,8% dá uma perda salarial para a inflação de 67.55% de janeiro de 2007 a julho de 2016.

O que vai ser sancionado hoje é, na média, 28% sobre a folha e vai ser parcelado até janeiro de 2019.

Com a inflação em cerca de 10% ao ano teremos inflação acumulada até janeiro de 2019 em torno de 30%.

Ou seja, em fevereiro de 2019 teremos uma perda acumulada de salário para a inflação em torno de 65%.

A DATA-BASE e RGA o PT de Lula e Dilma não deram e o PMDB de Temer junto com PSDB e DEM também não darão.

Não derrubamos o veto 26 por 6 míseros votos.

Colocamos 20.000 pessoas cercando o Congresso Nacional.

Dois morreram em combate.

Greves desde 2009. Seis anos de Greves e mais Greves. Cortes de ponto. Perdas de FCs. Perda de saúde para milhares.

Se os sindicalistas pelegos que se uniram com Amarildo, Lewandowski, governo federal, PT, PC do B e a base aliada do governo federal tivessem se omitido, hoje, estaríamos com nossa dignidade restaurada.

Mas não se omitiram. Fizeram campanha 24 horas contra a derrubada do veto e até faziam piadas.

Teríamos mais de 50 votos na Câmara dos Deputados além do necessário para derrubar o veto e no Senado passaria como passou o projeto no Senado.

Agora, é lamber as feridas e procurar uma luz no fim do túnel. E que não seja o trem.

Parabéns aos que lutaram e lutam, todos os dias.

Aos pelegos e amigos dos patrões, a história e a Categoria não os absolverão.

O último que sair não esqueça de pagar a luz. Ou o pato.

* Pedro Aparecido de Souza é Trabalhador no judiciário federal.

20 de julho de 2016

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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Bom dia, Dignidade


Bom dia, Dignidade.

Em homenagem ao André, Trabalhador no judiciário federal no DF (mesmo nome do meu filho e de meu pai) que foi espancado covardemente defendendo nossa Categoria.

Eu tenho filhos, quero ter futuro, quero ter vida (que o André não sabemos se terá depois do traumatismo craniano e do pulso esmagado).

Me roubem, me espanquem, me maltratem, me torturem, me deixem na sarjeta, me deixem sem nada.

Mas não levem minha Dignidade.

Ela não tem preço.

Como anda a sua Dignidade?

Já se olhou no espelho hoje?

Consegue sentir orgulho de você? Da sua luta?

O que você tem feito pelo seu futuro?

Só tem um jeito de você não perder sua Dignidade: entrar na Greve neste minuto, abandonar sua cadeira e seu monitor, ir para Brasília de ônibus, de jegue, de bicicleta no dia 18.

Bom dia, Dignidade!

Eu hoje olhei no espelho e há 52 anos te vejo linda e sorridente, Dignidade.

Dignidade, eu ainda tenho você do meu lado.

Que bom!

Agora é com você: corre e dá uma olhadinha rápida no espelho e verifica se você não está só e desacompanhado.

Sempre é tempo, sempre é possível, enquanto ainda se respira.

Bom dia, Dignidade. Minha linda!

13 de agosto de 2015

Pedro Aparecido de Souza

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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Carta do Apóstolo Pedro aos não Convertidos: como convencer e converter se não estou convencido e nem convertido?


* Pedro Aparecido de Souza





Sabemos que a prática e o exemplo são as únicas maneiras de convencimento que nos levam, com efeito, ao caminho da verdade.

O que se fala, o que se escreve o vento leva. A fala pode ser deturpada, o que se escreve pode ser interpretado. O exemplo e a prática não. É o que convence, é o que converte.


O Apóstolo Pedro exorta todos à provação. O sofrimento é a prova da disciplina. A conduta de cada um deveria ser exemplar, à toda prova. Quando Pedro relata em suas duas epístolas, primeiro sobre o sofrimento e na segunda sobre a importância da virtude que levará à salvação, afirma que o exemplo é tudo.


Ele encaminha suas palavras aos gentios e cristãos judeus e não-judeus.


Pedro conheceu Cristo em uma pescaria, negou Cristo por três vezes e foi o primeiro bispo de Roma. Pedro, pedra. Pedro pregava o exemplo, mas escorregou, negou e mentiu, dizendo, por três vezes que não conhecia Cristo.


A prática e o exemplo são virtudes que poucos alcançam.


Pois bem, voltando ao ano de 2015.


Temos que lutar e conseguir a sanção do PLC 28-2015 e conquistar a reposição da inflação de nove anos para evitar nosso empobrecimento ainda maior nos próximos anos.


Teremos que convencer a presidente do Brasil, o presidente do Senado, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do STF, todo o Congresso Nacional, todos os Senadores, todos os 513 Deputados Federais. Temos que convencer a imprensa toda, a sociedade inteira, os presidentes de Tribunais, os juízes todos.


E finalmente, temos que convencer nossos amigos, nossos vizinhos e, principalmente, nossa família.


Convencer todas estas milhões de pessoas e convertê-las em aliadas é tarefa difícil.


Mas uma observação: se você quer acertar na Mega Sena, você tem que jogar. Certo? Não é possível acertar na Mega Sena sem ter ido lá na lotérica da esquina, pagar e fazer o jogo.


Como conseguir uma namorada se você não convencer a pretendente que você está ligadona nela? Se quiser convencer e converter a namorada em esposa, companheira terá que suar e garantir que está ali para o que der e vier, na saúde e na doença, e tudo o mais.


Será que é possível conseguir uma namorada dizendo assim: “olha, eu te amo muito, mas não vou te beijar, não vou sair com você, não vou te ajudar, não vou passear com você, não vou cuidar de você”?


Voltando ao nosso PLC 28-2015. Para convencer estas milhões de pessoas, você tem que estar convencido e convertido que a recomposição das perdas inflacionárias de nove anos é justa, correta e importante para sua sua vida e sua família.


Sim, somente assim, você convencerá e converterá os outros, pelo seu exemplo e prática, que uma vez que você foi convencido e convertido pela justiça do pleito.


E daí, eu pergunto aos incrédulos? Estais convencidos e convertidos? Estais preparados para convencer e converter? Vamos ao teste da evangelização.


Como poderei então estar convencido e convertido?


Simples. Para estar convencido e convertido que sua luta é justa, você tem que estar em Greve.


Se você não está em Greve, você não está convencido que a luta pela recomposição das perdas inflacionárias nos últimos nove anos é justa. E também não está convertido.


Que imagem passa você para os incrédulos lá fora, para os milhões que temos que convencer e converter, se você não acredita, não está convencido e convertido?


Como convencer e converter o outros se não estou convencido e convertido?


E não vale as desculpas. Pedro escreveu uma carta com as 1.001 desculpas dos incrédulos para não entrar na Greve. E de boas intenções o inferno está cheio, inclusive com milhares de não convencidos e não convertidos que não acreditaram no que pregavam.


O Apóstolo Pedro afirma na segunda Espístola que que só a virtude salva.


Pedro afirma que só a Greve salva. Salva, convence e converte.


* Pedro Aparecido de Souza é ateu, que foi convertido em uma Greve no distante ano de 1984, em perigrinação à cidade de Guiratinga, Mato Grosso e desde então, tenta convencer e converter os incrédulos para que entrem em Greve para salvar suas almas das garras dos patrões, para que todos conquistem um lugar ao céu da solidariedade, da igualdade e da liberdade plena.

08 de Julho de 2015



segunda-feira, 6 de julho de 2015

É possível obrigar Dilma a sancionar o PLC 28/2015: passo-a-passo para a sanção e para a derrubada do veto, se houver

* Pedro Aparecido de Souza



No dia 30 de junho de 2015 ocorreu a maior vitória de todos os tempos da nossa Categoria dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Brasil.


Neste dia colocamos o STF, o Governo Federal e o Congresso de joelhos. Todos eles eram contra a aprovação do PLC 28-2015. Ao final da noite, aprovamos por unanimidade.


Como conseguimos tal proeza, que para quase todos era impossível? O resultado veio de muita disciplina, táticas corretas e coragem da Categoria.


Primeiro, foi iniciada as interlocuções em cada estado com os três Senadores de cada unidade da federação, fechando o cerco nos 81 Senadores para que votassem a favor.


Segundo, ir para a Greve devagarinho e ao final conseguir 27 unidades da federação em Greve por Tempo Indeterminado próximo ao dia 30 de junho de 2015, que era a data da votação.


Terceiro, colocar dez mil pessoas em volta do Senado, com a participação de quase mil pessoas dos outros estados.


Tudo isto resultou numa vitória sem precedentes.


E agora? Dilma vetará nosso projeto de recomposição das perdas salariais?

Se hoje fosse o último dia para a sanção ou veto, Dilma vetaria. E por que? Porque a imprensa está lhe dando apoio integral neste momento para vetar. Aliás, é o único apoio que está recebendo nos seus míseros 9% de aprovação popular.

Se Dilma vetasse seria aplaudida pela grande imprensa.

Cabe a nós a incumbência de mudar este cenário até o último dia para sanção ou veto.


Novamente temos que elaborar as melhores táticas para a estratégia de transformar em lei o PLC 28-2015. Qualquer erro poderemos ter uma derrota gigantesca e transformar tudo numa vitória de Pirro.


São 15 dias úteis para sanção ou veto a partir do recebimento pela Presidência. O projeto foi enviado no dia 1º de julho de 2015. O primeiro grande passo foi dado no Comando Nacional de Greve na FENAJUFE, no mesmo dia 1º: continuar e fortalecer a Greve por Tempo Indeterminado.


Aqui vou analisar algumas ações que não são ações diretas, mas que são importantes para a consecução da sanção de forma complementar à luta na ação direta.


Temos que conseguir que todos os presidentes de Tribunais Superiores assinem um documento exigindo a sanção do projeto, e, principalmente, o presidente do STF Ministro Ricardo Lewandowski. E o apoio para a sanção de todos os presidentes de Tribunais no Judiciário Federal.


Outro passo importante é ter reuniões com cada um dos três Senadores de cada unidade da federação e conseguir o compromisso de cada Senador do total de 81 que estarão trabalhando para pressionar pela sanção do PL 28-2015 e que, em caso de veto, trabalharão para a derrubada do mesmo. Tal trabalho deverá ser feito com cada Deputado Federal nas 27 unidades da federação, cercando os 513 Deputados Federais.


Utilizar o Facebook, Twitter, e abaixo-assinados virtuais, mensagens de correio-e e todos os instrumentos eletrônicos ajudam no convencimento e na pressão.


Mas o mais importante e decisivo é a Greve. É este instrumento de pressão que obrigará não a Dilma, mas sim, Lewandowski a buscar a sanção. Temos que forçar Lewandowski a pressionar Dilma para sancionar o projeto. Lewandowski jamais fará pressão, pois não fez até agora e não o fará no futuro. Somente uma grande mobilização de Greve o obrigará a atravessar a Praça dos Três Poderes e exigir de Dilma a sanção, como fez Helen Grace e Jobim no passado.


E como faremos isto?


Inicialmente, a tendência de Greve é diminuir o seu ímpeto, pois teve o seu ápice no dia dia 30. Toda Greve após o seu ápice tende a a arrefecer. Mas isto não é preocupante. O importante é manter a Greve onde for possível e, aos poucos, aumentá-la, de modo que lá pelo dia 15 de julho tenhamos entre 15 a 20 unidades da federação em Greve.


E o passo decisivo da Greve será nos dois últimos dias que antecedem a data final para o veto ou sanção. Nestes dois últimos dias teremos que estar com as 27 unidades da federação em Greve e com cadeado nas portas de cada LDT - Local de Trabalho.


E no último dia que acontecerá o veto ou sanção, temos que colocar novamente 10.000 pessoas agora na frente do STF e do Palácio do Planalto. Ocupar a Praça dos Três Poderes, ocupando cada metro quadrado, com vuvuzelas estridentes durante o dia inteiro, com equipes de revezamento.


Com estas ações temos grandes chances de obter uma sanção do PLC 28-2015.


E caso haja veto total ou parcial, teremos que continuar a luta.


Só que aí será mais complicado. A derrubada do veto é pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado juntos) mas o voto não é secreto. E a votação tem que ser por maioria absoluta.


Não é impossível, mas não existe tradição de derrubada de veto presidencial. Mas caso ocorra o veto, novas táticas serão necessárias para que consigamos a derrubada do veto e para isto a primeira ação tem que ser o cerco aos Senadores e Deputados Federais.


Mas, neste momento, temos que focar na possibilidade de sanção. Sem pressão, Dilma vetará o projeto.


Com pressão nossas chances aumentam muito.


E temos que lembrar que até 21 de agosto de 2015, temos que ter os valores do PLC 28-2015 no Orçamento.

Conquistamos o castelo da Câmara, o castelo do Senado. Agora falta o castelo principal: o castelo do Palácio do Planalto.

Se sairmos derrotados desta peleja teremos mais cinco ou dez anos de empobrecimento gerado pelas perdas inflacionárias.

Na vida temos duas opções: ser máquina ou vagão do trem.

Se somos vagão, não temos que nos preocupar com nada. A máquina é que vai se esforçar para levar todo o comboio até o final. Dentro do vagão há comida, bebida e festa.

Mas o triste para o vagão é que ele não controla o seu próprio destino. Não sabe nem para onde vai ou até onde vai parar.

Vive dando 1001 desculpas, sempre na omissão. E é um infeliz, pois não é livre e nem dono do seu destino.

Já a máquina sofre, na subida pena, na descida tem que frear. Carrega muitos vagões e tem toda a responsabilidade sobre seus trilhos. Mas é feliz, pois é livre e dona de seu próprio destino.


Então, agora que você já sabe o que fazer, saia da inércia e do comodismo, vai cuidar do seu destino, do seu futuro e vai para a Greve!

Deixe de ser vagão, se liberte!

Seja dono do seu destino!


Sangue nos olhos e faca nos dentes até a sanção do PLC 28-2015!


* Pedro Aparecido de Souza é diretor do SINDIJUFE-MT e diretor pela Oposição na FENAJUFE

06 de julho de 2015



sexta-feira, 20 de março de 2015

Até quando aceitaremos ser humilhados pelo governo do PT e o STF?


Em nove anos os(as) Trabalhadores(as) do judiciário federal tiveram um único reajuste de 15,8%, o equivalente a dois anos de inflação.
Ou seja, estamos perdendo 7 anos de inflação.
No dia 17.03.2015, o governo do PT mandou aprovar no Congresso Nacional o orçamento de 2015 e, pelo nono ano seguido, sem prever reajuste para nós, Trabalhadores (as) do judiciário federal e MPU - Ministério Público da União.
No dia 19.03.2015, o STF - Supremo Tribunal Federal julgou os quintos incorporados há dezessete anos (sim, dezessete anos) como inconstitucional e Trabalhadores que recebiam há dezessete anos a incorporação, terão retirados dos seus holerites aquela verba.
Pela primeira vez no Brasil, assim como ocorreu na Grécia, teremos redução de salários. Vou repetir: redução de salários.
Os ataques que estamos recebendo do governo do PT e do STF são de vomitar.
STF, que, diga-se de passagem, tem, atualmente, de dez ministros, sete deles nomeados pelo próprio governo do PT.
O próprio STF nos tem negado a data-base que está na Constituição.
Enquanto isto, na Sala da Justiça, ou melhor, no Olimpo de Zeus, os deuses tiveram auxílio-vergonha-moradia de mais de R$ 4.000,00, gratificação por dupla função de mais de R$ 7.000,00 e um reajuste de 22% que elevou os salários dos próprios ministros juízes do STF para mais de R$ 33.000,00.
Enquanto isto na Sala da Injustiça... um Auxilliar entra no judiciário com R$ 2.750,00 brutos, o Técnico entra com R$ 5.365,00 brutos e o Analista com R$ 8.803,00 brutos.
Ou seja, um analista com curso superior em direito que entrou em concurso público com mais de 5.000 candidatos por vaga não recebe sequer o valor de dois auxílio-vergonha-moradia. E os Técnicos e Auxiliares são utilizados como mão-de-obra barata fazendo o trabalho de Analista, que é de curso superior. Ou seja, os Tribunais pagam salários de curso médio e desviam os Técnicos para serviço de nível superior. É um desvio de função que enriquece o patrão governo e judiciário federal.
O governo do PT tem humilhado a todos nós.
Tem retirado direitos e não devolveu um único direito retirado pelo PSDB.
O governo do PT obrigou os aposentados e pensionistas a contribuir com 11% para a previdência, atacou o direito à pensão, privatizou a previdência através do FUNPRESP, atacou o direito de Greve, atacou a data-base e centenas de outros ataques, enquanto destina todo ano, um trilhão de reais aos banqueiros para pagamento da dívida.
Destina bilhões para os latifundiários, empreiteiros e industriais.
Destinou 10 bilhões para o "empreendedor" Eike Batista.
E o governo do PT continua roubando os cofres da nação com a desculpa que o PSDB também roubou.
Com o roubo de bilhões do PT teríamos saúde pública de qualidade e educação pública de qualidade para todas(os) Trabalhadoras(es) no Brasil.
E quando reivindicamos o que ocorre é uma brutal criminalização dos nossos Movimentos por parte do governo do PT e do STF.
Vejamos alguns exemplos:
Em Mato Grosso tivemos o ponto cortado no TRT23-MT pelo presidente édson bueno  com até 31 dias para quem fez a última Greve com possibilidade mínima de reversão; no TRE-MT existem 4 processos administrativos de corte de ponto pendentes. Numa das Greves anteriores já há decisão de reposição de hora a hora (vão ficar quase um ano fazendo reposição - vamos recorrer judicialmente).
A última Greve em Mato Grosso foi denunciada no mpf - ministério público federal para ter parecer pela ilegalidade e abusividade (ganhamos e o parecer foi pelo arquivo, ou seja, a Greve era legal e não abusiva, mas mesmo assim ocorreu o corte de ponto. Foram quatro Greves denunciadas no mpf e em todas nós conseguimos parecer pela legalidade e não abusividade), multas de 200 mil reais por dia para o SINDIJUFE-MT (conseguimos o arquivo), corte de ponto de seis meses e meio na JT (2011 e 2012, conseguimos anistia administrativa na negociação e judicialmente conseguimos o arquivo).
Além disso, temos outras dificuldades.
A maioria das direções dos Sindicatos estão nas mãos do governo federal (pelegos), associações de juízes e promotores expressamente contra nossos reajustes, divisões na Categoria, multa de 300 mil reais para o Sindicato de SP e multa de 300 mil para ratear entre os Grevistas, multa de meio milhão para o Sindicato dos Policiais Federais que iam entram em Greve, processos judiciais e administrativos contra Grevistas (eu mesmo fui processado pelo stf por fazer manifestação dentro do pleno do stf - consegui o arquivo, assim como vários Grevistas), processos contra Grevistas utilizando a lei de segurança nacional da época da ditadura, processos por formação de quadrilha, e por aí afora.
O direito de greve está sendo retirado pelo governo do pt, através da agu, judiciário e ministério público, em que pese a constituição garantir.
Diante de toda a humilhação que estamos sofrendo através dos ataques do governo do PT e do STF até quando vamos ficar passivos? Até quando vamos ficar perdendo a dignidade? Até quando vamos suportar o cuspe na cara?
Mato Grosso sempre fez o dever de casa. Participou de todas as Greves. Sempre foi um dos Sindicatos que sempre entrou primeiro nas Greves e o último a sair da Greve.
Já fizemos uma Greve contínua de inacreditáveis 223 dias (sete meses e 13 dias).
Mas isto não basta. Há que ter o judiciário federal em todos os Estados parados.
É hora da radicalização.
É hora de colocar cadeados e correntes nas portas dos Tribunais.
É hora de resgatar a nossa dignidade e dar um basta à humilhação que o governo do PT e o STF estão nos impondo.
É hora de parar tudo.
Você topa?

Pedro Aparecido de Souza

20 de março de 2015

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sábado, 17 de janeiro de 2015

Dificuldades, criminalização e solução para uma carreira descendo a ladeira


O nosso reajuste não está no anexo V. Possibilidade de reajuste há, mas muito pequena.
Teremos reunião com o patrão lewandowski para tratar do reajuste nosso e do falso compromisso que fez conosco que só passaria o reajuste dos juízes se passasse o nosso reajuste..
Bem, ele não mentiu inteiramente. Realmente não passou o reajuste dos juízes.
Passaram os reajustes: auxílio-vergonha-moradia (4.300), 22% de reajuste (5.000) e gratificação por dupla função  (7.000) mais reajuste automático sem precisar de lei.
Para mudar a situação nossa e termos os mesmos parâmetros de 2006, só uma grande Greve Nacional, mesmo com corte de ponto, multa para os Sindicatos, processos e enfrentamento sem temor.
As condições para isto são pequenas, mas é a única saída.
Enquanto isto não acontecer, rumo à bancarização.
Estamos há 9 anos lutando para para voltarmos ao patamar de 2006. Infelizmente as forças da Categoria nacional não foram suficientes para enfrentar direções pelegas  de Sindicatos, os juízes, presidentes do stf, governo federal  do lula e dilma, congresso nacional.
Mas temos que fazer a resistência ou nos sobra duas opções: estudar e ir embora (menos de 5% dos que entram conseguem sair) ou ir se acostumando com o empobrecimento a médio prazo, torcendo para a inflação diminuir ou, no mínimo, não disparar. A cada 5 anos estamos empobrecendo cerca de 40% devido à falta de recomposição da inflação.
Vamos tentar fazer uma Greve conjunta com outras Categorias de Federais, como fizemos em 2012. Em 2012, 32 Categorias entraram em Greve, juntas. E conquistamos 15,8% que para alguns chegou a cerca de 40% de reajuste.
Em 2014 as Categorias dos Federais tentaram fazer Greve. Praticamente só nós do judiciário federal conseguimos fazer Greve. Foram 81 dias de Greve, em duas Greves.
Os Policiais Federais tentaram fazer Greve e não conseguiram. Os Professores das Federais e Institutos Federais também tentaram e não conseguiram.
Os motivos da dificuldade de se fazer uma Greve gigante que dê impacto no judiciário federal são várias: por exemplo, em Mato Grosso tivemos o ponto cortado no TRT23-MT pelo presidente édson bueno  com até 31 dias para quem fez a última Greve com possibilidade mínima de reversão; no TRE-MT existem 4 processos administrativos de corte de ponto pendentes. Numa das Greves anteriores já há decisão de reposição de hora a hora (vão ficar quase um ano fazendo reposição - vamos recorrer judicialmente).
A última Greve em Mato Grosso foi denunciada no mpf - ministério público federal para ter parecer pela ilegalidade e abusividade (ganhamos e o parecer foi pelo arquivo, ou seja, a Greve era legal e não abusiva, mas mesmo assim ocorreu o corte de ponto. Foram quatro Greves denunciadas no mpf e em todas nós conseguimos parecer pela legalidade e não abusividade), multas de 200 mil reais por dia para o SINDIJUFE-MT (conseguimos o arquivo), corte de ponto de seis meses e meio na JT (2011 e 2012, conseguimos anistia administrativa na negociação e judicialmente conseguimos o arquivo).
A maioria das direções dos Sindicatos estão nas mãos do governo federal (pelegos), associações de juízes e promotores expressamente contra nossos reajustes, divisões na Categoria, multa de 300 mil reais para o Sindicato de SP e multa de 300 mil para cada ratear entre os Grevistas, multa de meio milhão para o Sindicato dos Policiais Federais que iam entram em Greve, processos judiciais e administrativos contra Grevistas (eu mesmo fui processado pelo stf por fazer manifestação dentro do pleno do stf - consegui o arquivo, assim como vários Grevistas), processos contra Grevistas utilizando a lei de segurança nacional da época da ditadura, processos por formação de quadrilha, e por aí afora.
O direito de greve está sendo retirado pelo governo do pt, através da agu, judiciário e ministério público, em que pese a constituição garantir.
As centrais sindicais ligadas ao governo fazem o que o governo manda(aí só a CSP-CONLUTAS e INTERSINDICAL são independentes do governo e enfrentam o governo), presidentes  de tribunais contra o nosso reajuste, ex-presidentes e o atual do stf, congresso e também a maioria da sociedade que acha que somos marajás.
Paro aqui para não desanimá-los, mas essa é  a realidade: cruel, muito cruel.
Mas mantenhamos a esperança através da Luta. A única que pode mudar este retrato de quase tragédia.
Não adianta só reuniões com patrões, deputados, senadores, e diálogo com a sociedade.
Temos que avançar. Só seremos respeitados pelos governos federais e presidentes do stf e demais tribunais quando realizarmos Greves em todos os Estados enfrentando corte de ponto, processos administrativos e judiciais, multas para os Sindicatos e para os Grevistas.
Enquanto jogarmos nas costas a responsabilidade da Greve em 3 ou 4 Sindicatos de Luta, dermos procurações para só os Grevistas vanguardistas fazerem Greves enquanto trabalhamos, mantivermos pelegos nas direções de Sindicatos atrelados ao governo/patrão, enquanto nos acovardarmos em troca de funções comissionadas,  olharmos só para o nosso umbigo, ficarmos puxando saco de juízes,  defendendo o governo patrão, enquanto fugirmos de todos estes problemas  e não aplicarmos a solução da Greve forte em todos os Estados e que paralise a produção, que paralise a arrecadação de tributos, que paralise os processos judiciais,  deslizaremos ladeira abaixo até o fundo do poço... artesiano.

17 de janeiro de 2015

Pedro Aparecido de Souza

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* As letras minúsculas são para os minúsculos

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A luz que você vê é a luz do trem, ou para onde vamos?


Quais as dificuldades que existem para o reajuste e quais as perspectivas dos Trabalhadores do Judiciário Federal?

Em resposta à indagação de um companheiro e amigo da base de Mato Grosso.

..........

Os policiais receberam o que já estamos recebendo: 15,8 %. Eles não aceitaram o reajuste rm 2012 e o Ministério da Justiça não pagou.

Nós também rejeitamos nacionalmente os 15,8 % mas o STF mesmo assim pagou.

Mas, e nós, Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal? Para onde estamos indo?

Se depender dos Sindicatos com diretorias pelegas e defensores do governo, nem luta haverá.

Para os Sindicatos de luta como o nosso de Mato Grosso além de lutar contra os tiros e traições do fogo amigo como dos diretores de Sindicatos pelegos, ainda temos que lutar contra o próprio judiciário que trabalhamos.

Exemplos da luta contra o próprio judiciário que trabalhamos:

1) O corte de ponto de 31 (trinta e um dias) dos Grevistas do TRT de Mato Grosso;

2) Processo de corte de ponto na JE de MT;

3) Processo de corte de FCs dos Grevistas na JE de MT;

4) Multa de R$ 200.000,00 por dia contra o SINDIJUFE-MT e dezenas de Sindicatos;

5) Multa de R$ 200.000,00 contra o Sindicato de São Paulo e contra cada Grevista,  além de processo civil, penal e administrativo contra cada Grevista;

6) Três processos no Ministério Público Federal de Mato Grosso para declarar a abusividade da Greve dos Grevistas de Mato Grosso (um na JF, outro na JE e o último na JT);

Estes são só alguns exemplos. Existem outros tantos que não vamos elencar.

Se for para a rua protestar é gás de pimenta e truculência contra, inclusive, mulheres e Servidores idosos. Já apanhamos da polícia do PT e do PSDB.

Judicialmente, os próprios ministros do STF não lutam contra a falta de autonomia do Judiciário. Temos um MS no STF contra o corte. Veio as eleições e até agora nada.

Como se vê está difícil.

A saída? Só uma rebelião de cabo à rabo.

A única luz, no final do túnel, é a luz do trem.

Triste,  meu amigo, mas esta é a realidade.

Mato Grosso sempre deu sangue. Mato Grosso sempre deu exemplo. Mas temos poucos como nós. Contamos nos dedos das mãos. E muitos Sindicatos são anexos do governo e não pertencem aos seus donos há muito tempo: os donos são ou deveria ser os Servidores.

Lá vem o trem. Ou lutamos, ou o trem nos atropela e preparamos nossa bagagem para embarcar nele. Ói, ói o trem... Ainda há tempo antes do trem...

E termino com Raul...


"O Trem das Sete


Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem
Ói, ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho éon

Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem

Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão

Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu, não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar

Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons

Ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral

Amém.

Autor da música: Raul Seixa"

28 de outubro de 2014

Pedro Aparecido de Souza

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Para onde vai o voto de uma Categoria traída?

Boato em véspera de eleição e em negociação salarial é igual tiririca: nasce em todo lugar, espalha numa velocidade surpreendente e ninguém sabe de onde veio.

Há um boato de que só teremos reajuste se a candidata do governo federal ganhar o segundo turno.

Primeiro. Vamos colocar os pingos nos "is". Isto é falso. É boato.

Desfeito o primeiro nó, vamos ao segundo.
Se plantaram essa tiririca como balão de ensaio, o tiro saiu pela culatra.

Analisemos. Em 2010, o governo através de seus representantes na Categoria nas direções sindicais (e temos às dezenas), os pelegos reafirmavam o tempo todo que tudo estava garantido e que após as eleições presidenciais o reajuste estaria no bolso. Com esta notícia a Greve acabou.
Todo mundo sabe o que aconteceu. Um deputado federal eleito, Dilma eleita e nós na rua da amargura até hoje.

A Categoria agora está vacinada. Ninguém mais acredita em cavalo selado.
Se o acordo do reajuste ocorrer antes do dia 26 e, nesta hipótese, Dilma poderá ser beneficiada com alguns milhares de votos da Categoria,  pois a maioria na Categoria tem raiva do PT por causa do congelamento salarial de 6 anos.

Uma vez quebrado o congelamento muitos vão diminuir os ataques ao PT e milhares votarão em Dilma.

Caso não saia o acordo antes das eleições,  a Categoria irá em peso contra Dilma.

É fácil verificar que milhares dentro da Categoria não querem votar em Aécio, mas ao mesmo tempo não querem votar na Dilma pela questão salarial.

Se não sair o acordo antes do dia 26 de outubro, os votos daqueles que estão indecisos e, principalmente, daqueles que tendem a votar em Dilma para não ter o PSDB de volta, migrarão automaticamente para Aécio, não como opção, mas como vingança contra o PT.

A palavra está com Dilma.

Pedro Aparecido de Souza

16 de outubro de 2014.

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Desespero pode redundar em proposta de reajuste salarial para os Trabalhadores do Judiciário Federal?



Creio que sim. E baseio a análise em algumas questões.

Se houver proposta do Governo ela terá que vir antes até o dia 24 de outubro, pois o segundo turno das eleições presidenciais ocorrerá no dia 26 de outubro de 2014, um domingo. Não havendo proposta até esta data, a possibilidade de reajuste é quase zero.

Um dos fatores que talvez obrigue o governo federal a fazer uma proposta, baseia-se naquilo que o homem, desde a época das cavernas, briga por ele: o poder.

Passaram-se 12 anos de governo petista e, em nenhum momento, exceto quando estourou o Mensalão na véspera da reeleição de Lula, o governo petista se viu em perigo de perder o poder. Lembremos que naquela época (2006), Lula se viu obrigado, diante das nossas Greves e diante do risco de perder a eleição, a fazer uma proposta de reajuste.

Agora o risco é muito grande. Segundo a pesquisa da Sensus, do dia 11.10.2014, Dilma tem 17% a menos que Aécio. Segundo as pesquisas internas do próprio PT a coisa está em perigo. As próximas pesquisas (e nenhuma é confiável), determinarão o risco do PT sair do poder. As denúncias de corrupção no caso Lava Jato e no caso Petrobras são avassaladoras, quando faltam apenas 12 dias para as eleições.

As últimas pesquisas do Ibope, DataFolha e Vox Populi, dão empate técnico.

Isto significa que, nas condições atuais, a eleição pode se dar por diferença de poucos milhares de votos.

O PT demorou mais de 20 anos para chegar ao poder central. Sabe que se sair, e o PSDB se apoderando do bolsa família e, se dobrar o número de pessoas contempladas pelo bolsa família, o PSDB terá 80 milhões de possíveis eleitores e pode deixar o PT por anos e anos fora do poder central.

Avaliando os riscos, o PT terá que fazer uma proposta para os Trabalhadores do Judiciário Federal. Serão obrigados.

Mas nós temos o poder de decidir uma eleição? Lógico que não. Somos 130 mil Trabalhadores, com uma média de 4 pesssoas na família, com uma média de 3 eleitores por família, o que dá um total de cerca de 400 mil votos.

Aquele que já decidiu sobre o voto por uma questão ideológica, seja eleitor do PT ou do PSDB, não mudará seu voto. Mas aquele que não é voto ideológico e sim, voto de revolta por um único fator, poderá alterar o seu voto. Além do mais, aquele que vota contra o PT e faz campanha contra o PT, por causa do congelamento salarial de 6 anos, irá, na sua grande maioria, diminuir o ritmo de ataques.

Ou seja, uma proposta fará com que menos gente xingue o PT e Dilma. E dependendo da proposta alguns milhares de votos poderão migrar de Aécio para Dilma.

Se Dilma estivesse numa situação confortável com uma diferença de mais de 10 pontos na frente de Aécio, a possibilidade de proposta por parte do governo seria próximo de zero.

Outra vertente que acredito que possa vir uma proposta por parte do governo vem da certeza que nossa pressão com Greves, Paralisações e Atos tem incomodado muito o presidente do STF , o presidente do TSE e presidentes de tribunais.

No caso do TSE, as eleições poderão até não acontecer, ou ter problemas graves, caso aconteça uma Greve na véspera da eleição. E para isto, no dia 22 já está marcado um Ato em cada estado, com possibilidade de paralisação e, quem sabe, até de inviabilização das eleições.

Lembro que em 2012, a presidente do TSE era Carmen Lúcia e se desesperou na véspera da eleição, pois estávamos fazendo um dos maiores Atos na eleição e quase que o registro de candidatura não saiu. Estava eu e Melqui no TSE e ficamos a tarde inteira com Carmen Lúcia e os seus assessores. E ela em desespero completo achando que não aconteceria o registro de candidaturas nos estados por causa da Greve.

Com as Greves e lutas de 2009, 2010, 2011 e 2012, veio o reajuste de 15,8% em 2012, que apesar de pouco, foi importante, porque a proposta era zero e somente com uma Greve com mais 32 Sindicatos de Servidores Públicos Federais conseguimos furar o bloqueio.

Faço a mesma análise da experiência passada. 51 dias de Greve e mais 31 dias, todos no ano de 2014. Esta pressão tem incomodados presidentes de Tribunais, como o de Mato Grosso, Édson Bueno, que cortou o ponto dos Grevistas e os Grevistas tiveram um desconto de 31 dias no salário, que até agora não foi revertido. No TRE-MT há um PAE - Processo Administrativo Eletrônico para cortar as FCs dos grevistas. Em São Paulo houve repressão violenta contra os Grevistas, com a AGU, a pedido do presidente do TRE-SP, com a decisão do desembargador do TRF-3 colocando uma multa de 300 mil reais por dia, multa para cada Grevista e processo administrativo, civil e penal e há outros exemplos de repressão em vários estados da federação.

Ou seja, os patrões administrativos (STF e Tribunais), bem como o patrão (ou patroa) financeira (Governo Federal) estão em desespero. Um porque pode não sair a eleição ou tem atrapalhado o cumprimento de metas. O outro (ou outra) porque pode fazer com que o PT perca o poder central.

Mas existe um outro fato relevante na balança: o desespero.

O desespero nosso também é muito grande e não é de hoje. Estamos chegando num nível de angústia, depressão e tristeza que estamos perdemos o medo. Os Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal estão doentes. E quando você perde o medo, você é capaz de tudo, inclusive, acabar com a própria vida.(*)

Isto significa que o desespero que toma conta dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal pode, e com certeza tem, outras fontes também: problemas na família, sociedade neurótica, falta de solidariedade, falta de humanidade. Mas com toda certeza, uma grande parcela e possivelmente a maior parcela de culpa se encontra dentro dos LDTs - Locais de Trabalho. Trabalhadores e Trabalhadoras assediadas, metas intangíveis, desvalorização, depersonalização, invisibilidade. Lembre-se que o TSE fez propaganda das eleições e escondeu todos os Trabalhadores e Trabalhadoras que são concursados e fazem a eleição. As metas estão transformando Trabalhadores e Trabalhadoras em objetos, transformando seres humanos em zumbis.

Quando você tem um partido no poder em desespero, presidentes de tribunais nervosos e Trabalhadores também em desespero, o caldo de indignação pode fazer que os Trabalhadores e Trabalhadoras se rebelem.

O tempo dirá. Sem afobações.

Aguardemos em luta. Dia 15 e 22 de outubro vá para a luta e saia da zona de conforto.

A força da nossa luta é que determinará se teremos proposta ou não.

Você está fazendo a sua parte nesta luta?

* Este texto é também uma nota de solidariedade aos familiares e amigos de duas Trabalhadoras que cometeram suicídio na base de Mato Grosso num período de seis meses e outros três que cometeram suicídio na base de São Paulo num período de três meses. A todos os nossos mortos: Presente!

Pedro Aparecido de Souza

14 de outubro de 2014.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Projetos são só projetos



A partir de agora os Trabalhadores (as) do judiciário federal tem dois projetos de reajuste: PL 6613/2009 e 7920/2014.

No mpu também tem três projetos de reajuste: 6697/2009, 7919/2014 e mais um com modelo remuneratório de subsídio, o 2199/ 2011.

Projetos para todos os gostos. Logo teremos um de GD - Gratificação de Desempenho,  outro de Carreira em Y, outro de Gratificação de Representação e  outro no modelo PQP - Parcela Quântica Própria.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Reportagem da TV RECORD. Greve no Judiciário Federal em MT.




Reportagem da TV RECORD sobre a Greve no Judiciário Federal em Mato Grosso - Judiciário trabalhista,  eleitoral e justiça federal.
Corte de ponto no TRT.

Entrevista com José Roberto e Pedro Aparecido de Souza.

Data:20.08.2014

TV RECORD













quarta-feira, 18 de junho de 2014

sábado, 24 de maio de 2014

10 passos para detectar um legítimo pelego.

Pelego, no meio sindical,  é aquele que amacia e facilita a vida do patrão, diminuindo a tensão da luta entre os Trabalhadores e o patrão.
Algumas características do legítimo pelego:

1. Apóia o patrão;
2. Defende o patrão;
3. Finge que luta, mas seu objetivo é defender o patrão;
4. Vota nas eleições partidárias no partido ou nos aliados do patrão;
5. Vota na pessoa do patrão.
6. Sempre diz que o patrão dele é melhor que os patrões dos outros.
7. Quer filiar seu Sindicato em centrais sindicais que apóiam o patrão.
8. Sempre diz que a Greve está fraca e nunca chama a Greve.
9. Sempre diz que as Greves dos outros não existem ou que os outros estão fazendo Greve com meia dúzia de Trabalhadores.
10.  Critique o patrão dele. Se ele reagir com palavras tipificando você de radical, sectário, ultra-esquerda, reacionário,  fascista, então você acabou de detectar um legítimo pelego.

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24.05.2014

terça-feira, 29 de abril de 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Plano de carreira divide judiciário

Um briga entre o sindicato do Judiciário Federal e associação da categoria pode levar cerca de 120 mil servidores à greve durante as eleições deste ano.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Federais fazem protesto bem-humorado

Agentes utilizaram carroça com giroflex e lamparina para exemplificar dificuldades enfrentadas pela Polícia Federal em MT 


Carroça foi estacionada em frente à Superintendência da Polícia Federal na avenida Rubens de Mendonça, em Cuiabá

JOANICE DE DEUS

Da Reportagem

Com as atividades paralisadas, policiais federais (PFs) de Mato Grosso utilizaram uma carroça equipada com um giroflex e uma lamparina para exemplificar, segundo eles, como será o modelo de segurança pública exigido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) durante os jogos da Copa do Mundo de 2014. Com padrão baixo, houve uma redução superior a 70% nas operações nos últimos quatro anos, no Estado.

terça-feira, 11 de março de 2014

Sobre garis e escravos


Os trabalhadores de limpeza urbana da COMLURB - Companhia Municipal de Limpeza Urbana da cidade do Rio de Janeiro entraram em greve em pleno carnaval em 1º de março de 2014.

O motivo era o aumento salarial. Um gari recebe no Rio de Janeiro a quantia assustadora de R$ 803,00 mensais.