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06 dezembro 2025
05 dezembro 2025
Psicanálise e Neuropsicanálise: Aproximações, Contradições e Pontes entre o Inconsciente e o Cérebro
Psicanálise e Neuropsicanálise: Aproximações, Contradições e Pontes entre o Inconsciente e o Cérebro
Resumo: O presente artigo discute a articulação contemporânea entre a Psicanálise, desenvolvida por Sigmund Freud no final do século XIX, e a Neuropsicanálise, campo interdisciplinar que busca integrar pressupostos psicanalíticos com achados das Neurociências. O objetivo consiste em apresentar os fundamentos conceituais da Psicanálise, descrever o surgimento e a consolidação da Neuropsicanálise e analisar as potencialidades, limites e tensões epistemológicas que emergem desse diálogo. A metodologia fundamenta-se em revisão teórica de literatura especializada. Conclui-se que a Neuropsicanálise procura construir uma ponte entre fenômenos subjetivos e bases neurobiológicas, oferecendo novas vias interpretativas, mas também enfrentando críticas por possíveis reducionismos que poderiam comprometer a complexidade inerente ao sujeito psicanalítico.
Palavras-chave: Psicanálise; Neuropsicanálise; Inconsciente; Neurociências; Epistemologia.
1 Introdução
A investigação acerca do funcionamento mental tem mobilizado diferentes áreas do conhecimento, cada qual operando com modelos explicativos específicos. A Psicanálise, instituída por Sigmund Freud no final do século XIX, reformulou profundamente o entendimento sobre a vida psíquica ao postular a existência de processos inconscientes determinantes no comportamento humano. A partir dessa concepção, estabeleceu um método clínico característico, pautado na escuta, na interpretação e no reconhecimento da dimensão simbólica do sofrimento.
O desenvolvimento das Neurociências, especialmente ao longo do século XX, produziu novas formas de observação do cérebro e de compreensão dos mecanismos neurais relacionados à cognição, afetos e comportamentos. Essas descobertas reacenderam debates sobre a possibilidade de integração entre modelos subjetivos e dados neurobiológicos.
É nesse cenário que emerge a Neuropsicanálise, cujo propósito é repensar a relação entre mente e cérebro, propondo diálogos que compreendam ambas as dimensões como aspectos complementares de um mesmo fenômeno. Assim, este artigo revisita os fundamentos psicanalíticos, apresenta o desenvolvimento da Neuropsicanálise e discute suas convergências, divergências e o impacto dessa aproximação tanto para a teoria quanto para a clínica.
2 A Psicanálise: Estrutura Conceitual e Contribuições para o Estudo da Vida Psíquica
Freud concebeu a Psicanálise como um conjunto articulado de três componentes: (a) um método de investigação dos processos inconscientes; (b) uma técnica terapêutica voltada ao tratamento de conflitos psíquicos; e (c) uma teoria abrangente sobre o funcionamento mental. Sua principal ruptura epistemológica consistiu em afirmar que grande parte da vida psíquica opera fora do campo da consciência.
2.1 Conceitos Fundamentais da Psicanálise
A estrutura psicanalítica apoia-se em elementos teóricos centrais, entre os quais se destacam:
Inconsciente: Sistema dinâmico composto por desejos reprimidos, fantasias e impulsos que influenciam pensamentos e comportamentos, ainda que o sujeito não tenha acesso consciente a esses conteúdos.
Aparelho Psíquico (Id, Ego e Superego): Modelo estrutural que descreve o conflito entre impulsos instintuais (Id), mediações da realidade (Ego) e instâncias normativas interiorizadas (Superego).
Pulsão: Conceito que articula dimensões biológicas e psíquicas, representando forças que impulsionam o sujeito em direção à satisfação. Incluem-se aqui as pulsões de vida (Eros) e de morte (Thanatos).
Complexo de Édipo: Estrutura organizadora da subjetividade infantil, mediando relações de desejo, identificação e construção da identidade.
Sintoma: Resultado de um compromisso entre desejos inconscientes e defesas psíquicas; possui caráter simbólico e expressa conflitos não elaborados.
O método da associação livre constitui a principal via de acesso aos conteúdos inconscientes, enquanto a atenção flutuante caracteriza a postura clínica do analista, permitindo a escuta para além do discurso manifesto.
3 A Emergência da Neuropsicanálise: Entre o Desejo Freudiano e os Avanços das Neurociências
Embora Freud tivesse formação em neurologia, considerou que o conhecimento neurobiológico de sua época era insuficiente para explicar fenômenos psíquicos complexos. Ainda assim, vislumbrou a possibilidade futura de articulação entre Psicologia e Neurobiologia, como exposto no manuscrito “Projeto para uma Psicologia Científica” (1895).
A Neuropsicanálise, enquanto campo estruturado, ganhou impulso nas décadas de 1990 e 2000, com o desenvolvimento de tecnologias de imageamento cerebral e com contribuições de autores como Mark Solms, Jaak Panksepp e Antonio Damasio. A criação da Sociedade Internacional de Neuropsicanálise, no ano 2000, consolidou seu estatuto acadêmico.
A premissa fundamental desse campo é a compreensão de que mente e cérebro representam duas dimensões inseparáveis de um mesmo processo. A proposta consiste em estabelecer um diálogo que permita tanto iluminar conceitos psicanalíticos à luz de evidências neurocientíficas quanto orientar a pesquisa neurobiológica com o aporte clínico e teórico da Psicanálise.
4 Convergências, Potências e Tensões entre Psicanálise e Neuropsicanálise
A relação entre Psicanálise e Neuropsicanálise tem sido marcada por avanços significativos, mas também por debates epistemológicos que revelam limites e incompatibilidades.
4.1 Pontos de Convergência e Implicações Clínicas
Pesquisas em Neurociências demonstram a existência de processos mentais não acessíveis à consciência que influenciam decisões, emoções e comportamentos. Tais achados aproximam-se das formulações freudianas sobre o inconsciente e seus efeitos.
Na clínica, a perspectiva neuropsicanalítica tem sido aplicada em casos como depressão, trauma e transtornos de memória, combinando a exploração dos conflitos inconscientes com o conhecimento sobre mecanismos neurais relacionados à regulação emocional, químicas de neurotransmissores e circuitos de recompensa e punição.
4.2 Tensões Epistemológicas e Críticas Internas
Apesar de seu potencial integrador, a Neuropsicanálise é alvo de críticas por parte de psicanalistas que veem em sua proposta riscos de redução biológica da subjetividade. Autores críticos afirmam que busca de correlatos neurais para conceitos como fantasia, sexualidade infantil e desejo pode desconsiderar a dimensão simbólica, histórica e linguística que constituiu a Psicanálise desde sua origem.
A Psicanálise opera no campo do sujeito dividido, atravessado pelo inconsciente, pela linguagem e pela singularidade. A Neurociência, por sua vez, trabalha com regularidades e leis gerais do funcionamento cerebral. Essa diferença metodológica pode tornar inviável uma integração total, sob risco de descaracterização da especificidade psicanalítica.
5 Conclusão
A análise realizada permite constatar que a relação entre Psicanálise e Neuropsicanálise é complexa, multifacetada e produtiva. Se, por um lado, a Psicanálise oferece uma teoria ampla sobre o inconsciente e a constituição do sujeito, por outro, a Neuropsicanálise se propõe a aproximar esses conceitos dos progressos neurobiológicos, enriquecendo o debate interdisciplinar.
Conclui-se que o diálogo entre ambos os campos é mais frutífero quando evita posições extremas: tanto a recusa dogmática das evidências neurocientíficas quanto a adoção de um reducionismo materialista que esvazie a dimensão subjetiva. A Neuropsicanálise, como área de fronteira, abre possibilidades clínicas e teóricas, preservando a complexidade do psiquismo e reconhecendo que nem o discurso do neurônio nem o discurso do desejo são suficientes, isoladamente, para compreender a mente humana.
Referências
BÓZIO, L. R. Neuropsicanálise: Onde a Mente Encontra o Cérebro. Online Psicanálise, 2024. Disponível em: https://onlinepsicanalise.com.br/neuropsicanalise-onde-a-mente-encontra-o-cerebro/. Acesso em: 6 dez. 2025.
CALAZANS, R.; GASPAR, F. D.; NEVES, T. I. Revisionismo, neuropsicanálise e fantasma. Asephallus, n. 5, 2020. Disponível em: http://www.isepol.com/asephallus/numero_05/artigo_06.htm. Acesso em: 6 dez. 2025.
CASA DO SABER. Conceitos da psicanálise: os principais fundamentos. 2023. Disponível em: https://www.casadosaber.com.br/blog/conceitos-da-psicanalise. Acesso em: 6 dez. 2025.
DAVID, M.; CAEIRO, L. O nascimento e o desenvolvimento da neuro-psicanálise. Vínculo, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 1-24, 2020. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-24902020000100002. Acesso em: 6 dez. 2025.
FERREIRA, Y. F. et al. A relação entre a neurociência e a psicanálise: uma reflexão teórica. Caderno de Graduação – Ciências Biológicas e da Saúde, Sergipe, v. 5, n. 3, p. 61, 2019. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/cadernobiologicas/article/view/7481. Acesso em: 6 dez. 2025.
INSTITUTO ESPE. Psicanálise: o que é, definição, conceitos e história. 2023. Disponível em: https://www.institutoespe.com.br/post/o-que-e-psicanalise. Acesso em: 6 dez. 2025.
PINHEIRO, E. O que é neuropsicanálise: uma abordagem integrativa para o bem-estar mental. 2023. Disponível em: https://www.elaineneuropsi.com.br/blog/o-que-e-neuropsicanalise-uma-abordagem-integrativa-para-o-bem-estar-mental/. Acesso em: 6 dez. 2025.
QUESTÃO DE CIÊNCIA. Psicanálise: muita conversa fiada, nenhuma ciência. 2020. Disponível em: https://revistaquestaodeciencia.com.br/dossie-questao/2020/06/25/psicanalise-muita-conversa-fiada-nenhuma-ciencia. Acesso em: 6 dez. 2025.
Psicanálise: De Freud à Lacan
Psicanálise: De Freud à Lacan
Resumo: Este estudo oferece uma visão introdutória da psicanálise, ressaltando as contribuições pioneiras de Sigmund Freud e a releitura estruturalista de Jacques Lacan. Analisa-se a formação do campo psicanalítico a partir da noção de inconsciente, dos dispositivos de defesa e da sexualidade infantil, para então discutir a guinada lacaniana que insere o sujeito no universo da linguagem e do Outro. O objetivo é expor, de maneira resumida, a evolução de alguns fundamentos dessa disciplina, cujo legado continua indispensável para compreender a subjetividade contemporânea.
Palavras-chave: Psicanálise. Freud. Lacan. Inconsciente. Linguagem.
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Introdução
Desde sua criação por Sigmund Freud no final do século XIX, a psicanálise consolidou-se não apenas como prática clínica, mas também como uma teoria inovadora sobre a condição humana. Seu núcleo – o inconsciente – provocou uma transformação comparável às revoluções de Copérnico e Darwin, ao deslocar a suposta supremacia da consciência e revelar as forças ocultas que orientam pensamentos, afetos e condutas. Este artigo busca percorrer, de forma breve, o desenvolvimento de alguns eixos centrais da teoria psicanalítica, partindo das formulações originais de Freud até as reelaborações de Jacques Lacan, que reinterpretou a psicanálise à luz da linguística e da antropologia estrutural. Apesar das diferenças marcantes entre os dois, ambos compartilham o compromisso de desvendar a lógica singular do sujeito do inconsciente.
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1. O Núcleo Freudiano: Inconsciente, Sexualidade e Repressão
Para Freud, a revelação do inconsciente é o fundamento sobre o qual toda a psicanálise se sustenta. Ele o concebe não como simples depósito de lembranças esquecidas, mas como um sistema psíquico ativo, regido por leis próprias (processo primário: condensação e deslocamento), cujos conteúdos (desejos, pulsões, representações) são mantidos fora da consciência pelo mecanismo da repressão (Verdrängung). O sintoma, o sonho, o ato falho e o chiste constituem “formações de compromisso” entre um desejo inconsciente inaceitável e as forças defensivas do eu. Como afirma Freud (1900/1996, p. 607), “a interpretação dos sonhos é a via régia para o conhecimento do inconsciente na vida psíquica”.
Outro ponto decisivo da teoria freudiana é a noção de sexualidade infantil e sua organização em fases (oral, anal, fálica). A sexualidade é entendida em sentido amplo, como pulsão (Trieb) voltada à busca de prazer, e seu desenvolvimento é crucial para a constituição da personalidade. O complexo de Édipo ocupa o centro dessa teoria, descrevendo a triangulação desejo-rivalidade-identificação com os pais, cuja resolução (ou fracasso) marca de forma definitiva a vida psíquica. As defesas do ego, como a projeção, a formação reativa e a sublimação, surgem para lidar com os conflitos inerentes a esse processo.
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2. A Virada Lacaniana: O Inconsciente Estruturado como Linguagem
Jacques Lacan, retomando Freud, propôs um “retorno” às descobertas fundamentais, reinterpretando-as com os instrumentos conceituais da linguística de Saussure e Jakobson, da antropologia de Lévi-Strauss e da filosofia. Sua tese mais célebre afirma que “o inconsciente é estruturado como uma linguagem” (LACAN, 1998, p. 203). Isso significa que o inconsciente opera por mecanismos análogos aos da linguagem – a metáfora (equivalente à condensação) e a metonímia (equivalente ao deslocamento). O desejo, portanto, inscreve-se numa cadeia significante e é sempre desejo do Outro.
Lacan (1998) organiza a experiência humana em três registros fundamentais: o Real (o indizível, o traumático, fora da simbolização), o Simbólico (a ordem da linguagem, da lei, das estruturas sociais que antecedem o sujeito) e o Imaginário (a ordem das imagens, das identificações e das relações duais, como a captura narcísica no estádio do espelho). O complexo de Édipo é reinterpretado como a entrada plena do sujeito na ordem simbólica, mediante a internalização da Lei do Pai (Nome-do-Pai), que interdita a fusão imaginária com a mãe e possibilita a assunção de uma posição desejante.
Diferente de uma psicologia centrada no ego, Lacan desloca o foco para o sujeito do inconsciente, barrado ($), cindido pela linguagem. O eu (moi) é uma construção imaginária, lugar de ilusão de autonomia e unidade. A análise, nessa perspectiva, não busca fortalecer o ego, mas permitir ao analisante reorganizar sua história e assumir seu desejo, por meio da fala e da decifração dos significantes que o estruturam.
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Considerações Finais
A psicanálise, inaugurada por Freud e radicalizada por Lacan, constitui um campo teórico complexo e em permanente diálogo com outras áreas do saber. Se Freud descobriu o território do inconsciente e mapeou suas dinâmicas pulsionais e conflitivas, Lacan forneceu as ferramentas para compreendê-lo como efeito da estrutura simbólica que nos atravessa. A transição de um modelo energético-biológico para um modelo linguístico-antropológico marca uma evolução teórica profunda, sem abandonar o núcleo da experiência clínica: a escuta do singular.
Ambos os pensadores legaram uma visão descentralizada do homem, um sujeito não mais soberano em sua própria casa, mas constituído por forças que lhe são estranhas e, ao mesmo tempo, íntimas. A psicanálise permanece, assim, como disciplina indispensável para interrogar os mal-estares da civilização e as vicissitudes do desejo humano, sustentando que o caminho para uma existência mais autêntica passa pelo árduo trabalho de confrontar e elaborar aquilo que, em nós, insiste além da vontade consciente.
Considerações Finais
A psicanálise, inaugurada por Freud e radicalizada por Lacan, constitui um corpo teórico complexo e em constante diálogo com outras áreas do saber. Se Freud descobriu o continente do inconsciente e mapeou suas dinâmicas pulsionais e conflitivas, Lacan forneceu as ferramentas para compreendê-lo como um efeito da estrutura simbólica que nos habita. A passagem de um modelo energético-biológico para um modelo linguístico-antropológico marca uma evolução teórica profunda, sem, contudo, abandonar o cerne da experiência clínica: a escuta do singular.
Ambos os pensadores nos legaram uma visão descentrada do homem, um sujeito não mais senhor em sua própria casa, mas constituído por forças que lhe são estranhas e, no entanto, íntimas. A psicanálise permanece, assim, como uma disciplina indispensável para interrogar os mal-estares da civilização e as vicissitudes do desejo humano, propondo que a via para uma existência mais verdadeira passa necessariamente pelo laborioso trabalho de confrontar e elaborar o que, em nós, insiste para além de nossa vontade consciente.
REFERÊNCIAS
FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. In: ______. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. IV e V. Tradução de Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Original publicado em 1900).
LACAN, Jacques. O seminário, livro 5: As formações do inconsciente (1957-1958). Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1999.
LACAN, Jacques. Escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
ZIZEK, Slavoj. Como ler Lacan. Tradução de Maria Beatriz de Medina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010.
25 abril 2024
04 dezembro 2022
PEDRO APARECIDO: QUEM É?
Pedro Aparecido: quem é?
. Psicanalista
. Especialista em Neuropsicanálise
. Mais de 40 anos de experiência em comportamento humano
. Formado em Psicanálise
. PÓS-GRADUAÇÃO:
1. Psicanálise Clínica
2. Psicanálise Clinica Avançada
3. Neurociências
4. Neuropsicanálise
5. Neurociências e Análise do Comportamento Humano
6. Direito Público
7. Metodologia do Ensino
8. Metodologia do Ensino Superior
. Professor de Direito e Matemática
. Oficial de Justiça Federal aposentado
. Formado em Direito pela UFMT
. Formado em Matemática pela Universidade Estadual do Paraná
. Formado em Ciências Físicas e Biológicas (idem).
. Doutorado parcial em Direito
. Pai de duas filhas lindas de 34 e 20 anos e de um filho lindo, e autista, de 25 anos.
. Foi professor na UFMT, cursinho pré-vestibular, Estado de Mato Grosso, Município de Várzea Grande e Faculdade ICE.
. Premiado pelo IBEST (o maior prêmio da internet - considerado o OSCAR da internet brasileira) por 3 vezes consecutivas: 2023, 2024 e 2025 no TOP 20 IBEST como melhor influenciador de Mato Grosso.
. 1.400.000 (um milhão e quatrocentos mil) seguidores no Instagram.
. 300.000 (trezentos mil) seguidores no TikTok.
21 janeiro 2021
800 mil pequenas empresas fecharam 2020.
Em 2020, quase um milhãoj de pequenas empresas encerraram as suas atividades, permanentemente.
15 milhões de trabalhadores desempregados.
Mais de 50 milhões na pobreza.
Quem é o culpado?
31 outubro 2020
Eu peguei covid-19: relato de uma quarentena
Sim. Eu peguei covid.
Hoje é meu último dia de quarentena.
Depois de 8 meses de pandemia de covid-19, com mais de 160.000 mortes no Brasil e mais de 1.000.000 no planeta, eu também fui contaminado.
Hoje é meu 14° dia de quarentena. O último dia.
Consegui escapar por 8 meses e consegui evitar que meus filhos menores fossem contaminados. Sempre usei máscaras, viseira, álcool gel no bolso, não coloco a mão em nenhum local pois sempre uso guardanapos de papel e mantenho 5 metros de distância de pessoas.
Mas saindo do Teletrabalho e entrando no Trabalho Presencial na Justiça do Trabalho, não tive como evitar contatos próximos das pessoas nas diligências. Foram diligências em hospitais, empresas com aglomeração, elevadores em prédios comerciais.
E fui contaminado.
Ainda estou com 20% do pulmão comprometido, risco de trombose nas pernas e risco de embolia pulmonar.
Minha filha mais velha pegou covid. Já sarou e está Trabalhando. O pai da minha namorada pegou e, infelizmente, faleceu. Minha namorada pegou.
Meus filhos menores Morgana e André, que é autista, não pegaram.
Faço o relato no sentido de que as pessoas não se automediquem, não vão em papo de tias e tios, não embarquem em mentiras criminosas de whatsapp, não dêem voz para ignorantes.
Ouçam a ciência. Sempre ela.
Não tomei cloroquina. Uma vizinha atleta de quarenta e poucos anos teve covid, tomou cloroquina e dentro de 30 dias estava morta com ataque cardíaco.
Não tomei ozônio no fiofó.
Todo ano tenho que fazer exame de próstata e preservei-o para os exames futuros.
Consultei 5 médicos. Fiz uma centena de exames para ver como estava o ataque do covid.
No 1° dia, minha namorada teve vários sintomas do covid-19. E aí fomos ao hospital. E no 2° fizemos o exame de covid-19. Aquele do cotonete no nariz e confirmou a contaminação.
Precisamos fazer o exame de covid num laboratório particular. A UNIMERDA paga, mas demora 5 dias para sair o resultado. Minha namorada tomou remédios para os sintomas: dores nas costas, febre, fraqueza, tosse. Eu, de imediato, tomei antibiótico para o pulmão e corticóide. Depois minha namorada teve 15% do pulmão comprometido. E também tomou antibióticos e corticóides. Tudo receitado por médicos.
Depois o covid atacou minha circulação sanguínea e me colocou em risco de trombose e embolia pulmonar. Minha namorada também. E o vírus a atacou: rins, fígado, bílis e pâncreas.
Fizemos 4 tomografias computadorizadas do tórax.
Eu ainda estou tomando anticoagulante até dia 08 de novembro.
Foram 14 dias sem tomar sol.
Presos em casa, só indo ao hospital, tomando todo cuidado para não contaminar ninguém.
Há muitos anos tomo vitaminas. Caminho sempre. Nos últimos anos cheguei a 101 quilos e fui emagrecendo até chegar em 75 quilos hoje. Isto ajudou muito na luta contra o covid.
Não tive nenhum sintoma externo. Nem falta de ar. Absolutamente nada. Se minha namorada não tivesse os sintomas, possivelmente meu pulmão iria para 60% de comprometimento do pulmão, pois não saberia que o covid estava destruindo meu pulmão, pois só descobri que meu pulmão estava com 20% de comprometimento porque fui acompanhá-la ao hospital e também fiz os exames. Ou poderia ter uma trombose ou embolia pulmonar.
Minha namorada fez academia durante anos e isto a ajudou no combate ao vírus.
Estou tomando mel, própolis, extrato de alho, multivitaminas desde março de 2020. E vitamina C e D3.
Isto ajudou muito na luta contra o vírus.
Fomos ao hospital a cada 3 dias, em média, e com aparelhos de medição em casa, a cada 3 horas fizemos medição de temperatura, pulsação por minuto, pressão, oxigenação do sangue e PI (índice de perfusão).
Deixei claro que no caso de internação teria que ser em hospital público, que é referência de covid em Cuiabá (Hospital Estadual Santa Casa). E que, em nenhuma hipótese, aceitaria ser medicado com cloroquina.
Finalizando, deixo os seguintes recados:
1. Acredite na ciência;
2. Acredite nos médicos;
3. Não acredite em whatsapp e nem na tia e no tio;
4. Não acredite em idiotas;
5. Não automedique;
6. Não tome cloroquina e nem ozônio no fiofó;
7. Tome vitaminas para melhorar a imunidade (com cuidado);
8. Sentiu sintomas de covid, corra ao médico;
9. Covid tem sequelas. Quando terminar a quarentena volte ao médico e refaça todos os exames.
10. Se cuidem e cuidem das outras pessoas, usando máscaras, viseiras (eu e todos os meus filhos usamos desde março), álcool gel, guardanapos de papel e evitem aglomeração (se for possível).
Dia 03 de novembro, no 18° dia, poderei rever meus filhos sem nenhum risco.
Ter covid é estar pertinho da morte. É grave. Mata.
Mas estamos bem.
Sobreviveremos.
......
Pedro Aparecido de Souza
31.10.2020
24 abril 2020
11 março 2019
10 fevereiro 2019
O que é mercado?
Quando você ouvir na TV ou no jornal sobre MERCADO, estão falando sobre os bilionários.
Quando você ouvir falar sobre MERCADO fora da TV e dos jornais estão falando do mercado do Seu Zé e de quem compra dele.
Quando você ouvir na TV ou nos jornais que é bom para o MERCADO, significa que é bom para os bilionários e ruim para você.
10 de fevereiro de 2019
www.pedroaparecido.com.br
24 dezembro 2018
Quando dois talentos se encontram: a afinação perfeita
08 dezembro 2018
BOLSOTRALHA
É a família bolsonaro e seu governo: se dizem honestos, mas são corruptos de carteirinha.
Pedro Aparecido de Souza
www.pedroaparecido.com.br
08 de dezembro de 2018
05 dezembro 2018
Intimidade das pessoas públicas
Nunca fiz ironia ou piada com o ataque que bolsonaro sofreu, e nem com sua bolsa para colostomia ou ser casado com uma mulher mais nova.
Isto é respeito. Nunca fiz piada de Figueiredo e seus cavalos e sua cueca, nunca fiz piada do bigode do Sarney, do pó que o Collor gostava, do Itamar e a mulher sem calcinha, nunca fiz piada da filha fora do casamento de FHC ou do uso de maconha por FHC (eu não gosto nem de tabaco - nunca fumei), nunca fiz piada da falta de um dedo de Lula (que decepou trabalhando num torno mecânico, às 3 da manhã) ou de seu gosto por pinga (eu não tomo bebida destilada), nem dos vestidos de Dilma, nem do Temer ser casado com uma mulher mais nova, ou Aécio gostar de pó (eu gosto só de pó de giz), nem do sotaque do Maluf.
Intimidade é da pessoa e a gente só tem que respeitar.
Os gostos de cada um só interessa a eles.
E temos que respeitar. O preconceito e piadinhas só aumentam a alienação e a péssima formação política das pessoas.
Outra coisa é o que pessoas públicas fazem, politicamente, em relação à nossa CLASSE.
Aí não tem mamãe me dói.
E porque eles são nossos inimigos de Classe, criticamos (e muito) o Figueiredo, o Sarney, o Collor, o Itamar, o FHC, o Lula, a Dilma, o Temer, o Bolsonaro, o Aécio e o Maluf e todos os gerentes do capitalismo.
A crítica e a ironia tem que ser forte contra quem nos ataca.
Quem ataca a Classe Trabalhadora tem que ser atacado 24 horas por dia, mas a intimidade, gostos e esquisitices das pessoas públicas só interessam a eles.
Pedro Aparecido de Souza
www.pedroaparecido.com.br
05 de dezembro de 2018
01 dezembro 2018
01 novembro 2018
14 outubro 2018
Estamos trocando a letra da oração de São Francisco. Ódio nunca! Não permita!
Onde houver perdão, que eu leve a ofensa.
Onde houver a união, que eu leve a discórdia.
Onde houver a fé, que eu leve a dúvida.
Onde houver verdade, que eu leve o erro.
Onde houver esperança, que eu leve o desespero.
Onde houver alegria, que eu leve a tristeza.
Onde houver luz, que eu leve as trevas.
ser consolado, que consolar;
ser compreendido, que compreender;
ser amado, que amar.
Pois é recebendo que se dá.
É sendo perdoado que se perdoa.
E é vivendo que se vive para a vida eterna.
11 outubro 2018
O fascismo entrou em nossas vidas.
O ovo da serpente fascista é chocado quando um líder faz discurso de ódio 24 horas contra minorias.
A primeira picada da serpente fascista é espalhar mentiras à exaustão.
A segunda picada da serpente é seus seguidores atacar, e até matar, quem pensa diferente.
A terceira picada é o líder fascista e seus seguidores querer proibir e censurar que se mostre as mentiras do líder, as mentiras dos seguidores, os ataques dos seguidores a quem pensa diferente e até as mortes provocadas por alguns deles.
Eleitores desiquilibrados tem em qualquer lugar.
Quando Bolsonaro foi esfaqueado, todos os outros candidatos condenaram o ato. Nenhum candidato quis censurar a notícia.
Um dia antes, Bolsonaro disse que ia metralhar os petistas e ainda imitou como se fosse uma metralhadora.
Conseguiu entender a diferença de 12 candidatos não fascistas e um fascista?
Não?
Então você tem problemas graves: vá rápido tomar soro antiofífico. Você foi picado.
Pedro Aparecido de Souza
11.10.2018
www.pedroaparecido.com.br
10 outubro 2018
Como será nossa vida se Bolsonaro ganhar?
O medo está nas ruas.
Mulheres e homens com medo. De dia e de noite.
E não é medo de bandidos. Os bandidos continuam e continuarão como sempre.
Agora o medo é outro. Medo de morrer porque está com uma palavra qualquer na camiseta, medo de falar em quem vai votar, medo de dizer que não vota em Bolsonaro, medo de ir até a esquina e algum eleitor mais desequilibrado de Bolsonaro não goste do seu jeito.
Agora o medo é outro: medo de morrer porque pensamos ou porque, simplesmente, não votamos em Bolsonaro.
Já pensou como será a nossa vida, nós cidadãos de bem, se Bolsonaro ganhar?
Como cuidaremos de nossos filhos e filhas?
Como protegeremos nossos irmãos e irmãs, nossos pais?
Como se prevenir, se pode ter um bolsanarista maluco ali na padaria, no supermercado ou na escola?
Se antes de ganhar, alguns eleitores desequilibrados de Bolsonaro estão agredindo e matando, como será nossa vida depois de eleito?
E a cereja no bolo: o desiquilibrado vai estar armado até os dentes e babando de ódio.
Pedro Aparecido de Souza
10.10.2018
www.pedroaparecido.com.br










