terça-feira, 16 de julho de 2013

Quem acredita no Judiciário?




Imagem: Estátua da Justiça, na praça da República. Cuiabá, Mato Grosso. Escultor: Jonas Correa. A Escultura mostra as faces do judiciário brasileiro: corrupção, desprezo às crianças e velhos pobres, índios e presos.

Todo ser humano que é condenado (se não for enquadrado na doação de cesta básica) vai para a prisão. Certo?
Errado. Não estou falando nem dos Mensaleiros pois ainda tem recurso pela frente.
Estou falando do Lalau. Viveu uns bons anos na prisão domiciliar. O povo nem sabia que isto existia.
Existe sim. Ele ficou anos na sua mansão jogando tênis, com proteção 24 horas da polícia federal. Já pensou o tanto que ele economizou com segurança? Já pensou em alguém da favela ter prisão domiciliar?
Aí vem presidente do STF viajando de jatinho da FAB - Força Aérea Brasileira, presidente do STF humilhando as Associações de juízes, humilhando jornalista e no caso Mensalão, excluiu o chefe Lula-PT. E nem chegou perto do Mensalão do PSDB.
O judiciário é uma caixa preta de avião (não é da FAB).

O judiciário brasileiro se manteve intocado durante a Monarquia, durante o coronelismo, durante a ditadura de Vargas, durante a ditadura militar-civil-empresarial de 1964. E se mantem inalterado na ditadura atual contra os Trabalhadores, criminalizando as Greves, multando os Sindicatos que fazem Greve, mantendo quase meio milhão de pobres e negros em masmorras medievais. Enquanto isto o judiciário não coloca os ricos e milionários corruptos na cadeia.
Ninguém acredita mais.
Processos que duram 10, 15 anos.
Hora de mudança total no judiciário brasileiro:
1. Fim dos privilégios: ninguém tem 60 dias de férias no país. Juiz tem.
2. Fim do regime militar no judiciário: é um poder verticalizado onde juiz manda e servidor público obedece.
3. Democratização radical: eleição dos diretores gerais e presidentes de Tribunais diretamente pelos Trabalhadores e sob seu controle.
4. Fim das mordomias nos Tribunais Superiores.
5. Fim das aposentadorias para juízes como pena.
6. Fim da possibilidade do judiciário legislar no lugar do legislativo ou executivo.
7. Fim das terceirizações no judiciário.
8. Mais respeito das administrações dos tribunais aos Servidores Públicos e juízes.
9. Fim do tratamento de doutor para advogado, juiz, promotor e qualquer pessoa.
10. Unificação do judiciário federal num só.
11. Fim das nomeações políticas, incluindo o fim do quinto da OAB e Ministério Público.
12. Fim do abismo salarial entre a maioria dos Servidores Públicos do Judiciário e os juízes.
13. Controle direto dos Trabalhadores na administração do judiciário.
14. Extensão de todas estas regras para o Ministério Público.
15. Extinção dos atuais Tribunais de Contas (faz de conta, na maioria).
16. Fim dos Tribunais Arbitrais.
17. Fim da Justiça Militar.
18. Por fim, aos juízes que são honestos (e são a grande maioria) e aos conscientes (que são minoria) que se rebelem e ajudem a fazer um novo judiciário destinado ao povo e não aos milionários que sempre sugaram as riquezas que os Trabalhadores produziram neste país.

Isto já seria um bom começo para melhorar o judiciário e aumentar a sua credibilidade. E isto nem é Revolução. É só reforma. Simples reforma. Ou será que o judiciário não ouviu os dois milhões de brasileiros que foram às ruas em 20 de junho?

Pedro Aparecido de Souza

16 de julho de 2013

3 comentários:

  1. Assino embaixo, com letras garrafais. Proponho também plano de cargo Carreira como ascensão do servidor à magistratura. Obrigatoriedade de experiencia mínima de 15 anos como advogado, promotor ou procurador, ou servidor da justiça para entrar na magistratura.

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